SÃO CARLOS | Secretários municipais se reúnem com integrantes do CITESC

 

As secretarias de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia e de Saúde se reuniram na última terá-feira (13), com integrantes do Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos (CITESC), uma iniciativa desenvolvida por diferentes instituições de pesquisa e que vai coordenar a inovação desenvolvida pelos pesquisadores na área de saúde, canalizando as pesquisas aprimoradas para o setor produtivo, para discutir os novos caminhos do projeto.

São Carlos recebeu recursos, em 2011, no valor de R$ 4,8 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia, via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para construção do prédio, e R$ 1,8 milhão do Ministério da Saúde, para compra de equipamentos e materiais.

O CITESC está sendo construído no complexo do Parque Eco-Tecnológico Damha, na rodovia engenheiro Thales de Lorena Peixoto (São Carlos/RibeirãoPreto). Inicialmente seriam construídos 4.794 m2, porém o projeto foi revisto e o prédio tem 3.900 m2, mas ainda faltam recursos para o acabamento.

“A obra finalmente está avançando, praticamente concluída e a reunião tem essa missão, de olhar para o futuro e ver como a gente vai avançar, além da estrutura física, para efetivamente ter a implantação do Centro aqui na nossa cidade”, disse o profº drº Glaucius Oliva, do Instituto de Física da USP.

De acordo com o secretário de Saúde a intenção é levar o projeto para Brasília e correr atrás de recursos para finalizar a obra. “Ter um polo de desenvolvimento de produtos inovadores para a área da saúde é uma referência nacional e internacional. Não podemos admitir que um projeto tão importante, não só para São Carlos, não seja concluído”, ressaltou Caco Colenci.

De acordo com os coordenadores do programa, além de desenvolver produtos e tecnologias para área médica e biotecnológica, o CITESC também deve, simultaneamente, prestar serviços à comunidade por meio das tecnologias desenvolvidas. Um exemplo é o tomógrafo de ressonância magnética, disponível para prestação de serviço por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos muitas tecnologias sendo desenvolvidas, seja de tomografia, de ressonância magnética, de tratamento do câncer por laser, porém esses equipamentos hoje são desenvolvidos e aplicados em outros hospitais, fora de São Carlos, mas poderiam estar sendo aplicados aqui durante essa etapa de desenvolvimento. Já poderíamos estar atraindo empresas de bases tecnológicas, voltadas para o segmento da saúde que pudessem aproveitar esse ambiente que o CITESC propõe ser, de inovação voltada para o segmento da saúde”, complementou Oliva.

Para José Galizia Tundisi o encontro é de grande relevância, pois reuniu a comunidade científica de São Carlos e a Prefeitura para que em conjunto possam continuar desenvolvendo o Projeto CITESC. “Agora precisamos finalizar a construção do prédio e para isso será necessário um aporte de R$ 3,2 milhões, por isso os pesquisadores vieram apresentar o relatório final de todo o conjunto que foi desenvolvido durante esse período. Estamos trabalhando para que até o final de 2018 esteja tudo funcionando”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia.

A ideia é que o CITESC, depois de pronto o prédio, mantenha uma equipe e estrutura para apoiar programas como indústrias médicas, farmacêuticas e de instrumentação, para produção de medicamentos e equipamentos tecnológicos de uso médico em larga escala. O Centro também deve, simultaneamente, prestar serviços à comunidade por meio das tecnologias desenvolvidas, tendo como “vitrines” para os equipamentos o Hospital Universitário e a Santa Casa.

Também participaram da reunião Natanael Alves da Silva, da Secretaria Municipal de Saúde, Gélia Martinez e Ana Paula Alexandre (IFSC/USP), Daniel Magalhães (EESC/USP), Ronaldo Faria (UFSCar), Tânia Salvini e Flavia Pilleggi (Hospital Universitário) e Bruna Boa Sorte (Instituto INOVA).

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