SÃO CARLOS | Moradores em situação de rua fotografam cerrado da UFSCar
Moradores em situação de rua atendidos pelo Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP), coordenado pela Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, fizeram uma visita monitorada ao cerrado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para fazer fotografias do local.
A atividade faz parte do projeto “Imagens das Ruas” que oferece instruções sobre fotografia e técnica, enquanto um recurso artístico para captar a realidade e também como recurso de expressão. “A intenção é fazer saídas fotográficas para que as pessoas possam, através da fotografia, mostrar seu olhar sobre o espaço urbano, sobre os recursos que a cidade oferece”, afirma a terapeuta ocupacional do Centro POP, Roberta Justel do Pinho.
Segundo a terapeuta o objetivo é sempre acessar o que o município possui, mas, que nunca foram visitados antes. “Nossa ideia é poder ver com os olhos de quem está descobrindo e poder aproveitar essa experiência. Usar a fotografia como um meio de se comunicar, como uma forma de se expressar. Nós acreditamos na potência desse recurso como uma forma de favorecer a convivência no serviço, ou seja, fortalecer os vínculos das pessoas que a gente acompanha tanto entre si como com nosso equipamento que é o Centro Pop” complementa a terapeuta ocupacional.
O Projeto é desenvolvido em parceria com o Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que oferece recursos pelas estudantes do curso e estagiárias que providenciam os materiais e os equipamentos. “O Projeto tem 25 anos e seu objetivo principal é Educação Ambiental assim como a sensibilização. Cada grupo que vem é diferente, então nós temos que nos preparar com a abordagem, cada um requer certa explanação, certo trajeto”, explica Alisson Cleiton de Oliveira, estudante do Curso de Gestão e Análise Ambiental e monitor do Projeto Trilha da Natureza.
“Hoje nós tivemos uma perspectiva diferente, meio ambiente, natureza, com o objetivo de trazer essa temática para o dia a dia das pessoas que nós atendemos, pois, às vezes elas estão bastante distanciadas deste contexto”, finaliza Roberta Justel do Pinho.