LUTO | Morre Bernardete Cioffi, símbolo da luta pela liberação da fosfo
Faleceu na quarta-feira, 10, Bernadete Cioffi, uma mulher que passou os últimos anos de vida lutando contra o câncer e pelo reconhecimento da Fosfoetanolamina no combate à doença.
Bernadete foi um guerreira, na melhor acepção da palavra. Ela lutava contra um câncer de mama desde 2012 que se transformou em uma metástase óssea. Havia sido desenganada pelos médicos, mas o tratamento com a Fosfoetanolamina prolongou sua vida, mesmo em sua batalha contra uma metástase que já durava mais de quatro anos. É dela a frase “A morte eu já tenho. Agora quero tentar a vida” dita em uma entrevista quando lhe perguntaram sobre o tratamento com a Fosfoetanolamina.
Foi a segunda pessoa a depor na CPI da Fosfo, no dia 14 de novembro de 2017. Na ocasião, ela falou da necessidade de um estudo de farmacocinética para verificar as vias e a metabolização da Fosofetanolamina pelo organismo. “Esse estudo é essencial para estabelecer a dose exata para que o medicamento seja eficaz. O material dos pacientes foi colhido, mas o exame da farmacocinética, que é obrigatório, não foi feito”, criticando o ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), responsável pelos testes.
“É difícil falar do passamento de alguém tão próximo. Bernadete foi um ser humano exemplar. Ela era uma guerreira. Esteve sempre próxima a mim e foi a primeira a se colocar à disposição para dar seu depoimento na CPI da Fosofoetanolamina, da qual sou relator. Ela, na verdade, foi minha grande incentivadora para que eu fosse o relator da CPI. Que ela nos ilumine onde estiver. Seu nome estará sempre no lugar mais alto quando o assunto for Fosfoetanolamina”, disse o deputado Ricardo Madalena.
Bernadete Cioffi era formada em Pedagogia e Administração pela Universidade de São Paulo (USP). Chegou a exercer a presidência do Instituto Viva Fosfo, voltado para quem busca, além do tratamento convencional, uma alternativa para o combate ao câncer. Atualmente, era vice-presidente do Instituto.