SÃO CARLOS | Santa Casa realiza a primeira captação de múltiplos órgãos do ano

A Santa Casa realizou na manhã dessa quarta-feira, 7, a primeira captação de múltiplos órgãos do ano com doadora de 67 anos.

A cirurgia retirou o fígado, os rins e as córneas que irão atender a, pelo menos, cinco pacientes que aguardam na fila de transplante estadual.

Desde 2009 quando a Comissão foi criada já foram realizadas 15 captações de múltiplos órgãos. Nesse período foram doados 44 órgãos e tecidos entre eles: 2 corações, 1 pulmão e 1 ossos. Nesse período, já ocorreu a primeira retirada de pulmão e uma segunda oportunidade de captar coração. Mais de 120 córneas foram captadas em doações.

A captação realizada nessa quarta-feira, foi a com o doador com idade mais avançada. Isso prova que todas as pessoas são doadoras potenciais.

A família da doadora reforçou a importância e a responsabilidade de doar em entrevista para a imprensa.

Saiba Mais….

A Santa Casa prepara o credenciamento junto ao Ministério da Saúde, para iniciar a cirurgias de transplante de rins.

O médico e coordenador da Comissão, Ivan Carlo de Manzano Linjardi ressaltou que o hospital está preparado tecnicamente para que as equipes de captação façam os procedimentos cirúrgicos. Entretanto, reforçou o médico: o trabalho da Comissão só teve sucesso nas oportunidades de captação de múltiplos órgãos, ocorridas desde 2012, porque as famílias estão informadas sobre a importância da solidariedade da doação.

“É importante que a pessoa expresse em vida seu desejo de ser doador de órgãos, para que a família possa juridicamente, efetivar a doação”, disse Linjard.

Protocolo

O Ministério da Saúde ressalta que hoje, pela legislação brasileira, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas com morte encefálica comprovada só pode acontecer após a autorização da família. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada, diz o governo.

O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.

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