NOVIDADE | São Carlos inicia implantação do Programa Criança Feliz
Gestores e profissionais ligados às áreas de cidadania, assistência social e educação estão participando das capacitações
Investir em ações para o desenvolvimento das crianças durante os primeiros anos de vida. Esse é um dos objetivos do Programa Criança Feliz que começa a ser implantado em São Carlos. Coordenado pela Secretaria de Cidadania e Assistência Social, o Criança Feliz é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para ampliar a rede de atenção e o cuidado integral com a primeira infância. O programa surgiu como uma importante ferramenta para promover o desenvolvimento infantil e apoiar gestantes na preparação para o nascimento.
Entre os objetivos do programa estão: promover o desenvolvimento infantil integral; apoiar a gestante e a família na preparação para o nascimento da criança; cuidar da criança em situação de vulnerabilidade até os seis anos de idade; fortalecer o vínculo afetivo e o papel das famílias no cuidado, na proteção e na educação das crianças; estimular o desenvolvimento de atividades lúdicas; facilitar o acesso das famílias atendidas às políticas e serviços públicos de que necessitem.
“Nós estamos em um processo de formação de todas as pessoas que vão trabalhar no Programa Criança Feliz. Estamos capacitando estagiários, profissionais da cidadania e educação para uma formação ampla e multidisciplinar. O programa traz um olhar de atenção e de cuidado com as crianças pequenas. Trabalha na integração dessa criança a rede de assistência e uma atenção especial, mais cuidadosa, dentro dos nossos espaços”, contou Glaziela Solfa, secretária de Cidade e Assistência Social.
O Programa propõe o acompanhamento, semanalmente, de crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família, com idades entre 0 e 3 anos, e aquelas de até 6 anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Também são acompanhadas gestantes e crianças afastadas do convívio familiar por medidas protetivas. Nos encontros, visitadores capacitados orientam as famílias sobre como estimular o desenvolvimento dos filhos nos primeiros mil dias de vida.
A capacitação conta com a participação de especialistas da UFSCar, USP, rede de assistência social e saúde do município. Trabalha em diversas áreas de conhecimento, como saúde, educação, serviço social, direitos humanos, cultura etc. “A questão da primeira infância deve ser muito falada e muito discutida. Nessa capacitação, nós falamos sobre a importância de olhar as demandas familiares. É preciso envolver a família no processo, penar no desenvolvimento da criança a partir da necessidade que as famílias têm. A troca com as famílias é extremamente rica e deve ser constante”, afirmou Patrícia Carla de Souza Della Barba, terapeuta ocupacional e docente da UFSCar.
Para quem participa, a formação é mais um complemento ao trabalho do dia a dia. “A atualização é sempre importante. Hoje, no CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) trabalhamos com a orientação das famílias, muitas vezes percebemos que elas não sabem como fazer, pois não tiveram essa assistência na infância”, contou Silvana Cristina Sanches, assistente social do CRAS Cidade Aracy.
Na semana passada, o Ministério do Desenvolvimento Social lançou a Campanha do Programa Criança Feliz, campanha de utilidade pública que exibe histórias reais de famílias beneficiárias. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, o programa dá suporte para que as famílias ofereçam a seus filhos instrumentos que promovam seu desenvolvimento. “Nosso desafio, desta vez, é mostrar à população que os cuidados na primeira infância são fundamentais para garantir que as crianças tenham melhor desenvolvimento cognitivo, social, educacional e estabeleçam vínculos familiares. Dessa forma, consequentemente, terão um futuro mais promissor”, declarou.
O programa nacional voltado à primeira infância já atende 240.917 pessoas, entre crianças e gestantes, em 1.946 municípios. Ao todo, 13,4 mil profissionais atuam na iniciativa. O valor repassado às prefeituras pelo MDS para a implementação do programa chegou a R$ 201,3 milhões em 2017.
[Com informações da assessoria de imprensa do MDS.]