Palestra, promovida pela Escola do Legislativo, ocorreu na Câmara Municipal
Pode votar de bermuda ou não? Até quando posso distribuir santinhos? Posso ir trabalhar com adesivos do meu candidato colados no meu carro? Que documentos devo levar no dia da eleição? O que é crime eleitoral? A aproximação das eleições traz à tona uma série de dúvidas e desinformação do eleitor. Para esclarecê-las, a Escola do Legislativo da Câmara Municipal promoveu, na quinta-feira (20), a palestra “O Panorama das Eleições 2018”, ministrada pelo chefe do Cartório Eleitoral da 385ª Zona Eleitoral, José Adilson de Abreu Júnior.
“O objetivo do evento foi trazer aos eleitores e à comunidade em geral informações acerca de regras, prazos e dúvidas sobre o processo eleitoral, tendo em vista as eleições deste ano, com primeiro turno marcado para o dia 7 de outubro”, explica o presidente da Câmara Municipal, Jéferson Yashuda Farmacêutico (PSDB).
Abreu abordou vários temas relacionados às eleições, da importância do voto consciente a aspectos práticos, como os documentos de identidade válidos (com a novidade da CNH digital), as peculiaridades da propaganda eleitoral, inclusive nas redes sociais, e a distribuição de santinhos. “O voto é uma ferramenta potentíssima, é importante entender o seu peso. É consciente quando o eleitor sabe em quem está votando, tem a paciência de assistir à propaganda eleitoral, entende qual é o programa de governo do seu candidato”, aponta o chefe do Cartório. Ele acrescenta que “o bom candidato é aquele que apresenta um programa de governo real, que não faz promessas fictícias, que não competem à sua pasta”.
De acordo com o palestrante, o eleitorado de Araraquara em 2016 era de 163.824 eleitores no primeiro turno. Naquelas eleições, houve 24% de abstenção (39 mil eleitores), 7% de votos brancos (8,7 mil) e 15% de votos nulos (18.819). O cenário atual é de 166.651 eleitores aptos na cidade. “Estamos esperando um processo tranquilo para a Justiça Eleitoral, apesar da disputa acirrada nas urnas”, adianta. E alerta para a informação errônea amplamente divulgada de que 51% de votos brancos e nulos anulam a eleição. “Apuram-se os votos válidos. Para cada eleição, há um quociente eleitoral, de acordo com os votos recebidos. Se em uma família, por exemplo, de 20 pessoas, 19 se abstêm e um vota, aquele voto acaba ganhando a eleição”, esclarece. E completa: “Às vezes o eleitor vai ao Cartório, diz que não quer votar em nenhum candidato e prefere pagar a multa, são só R$ 3,51. Só a título de informação: todas as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral vão para o Fundo Partidário, e a distribuição dos recursos é feita de forma significativa no Senado. Aquele que acha que não está colaborando com a política está financiando diretamente a campanha do partido e são valores, pasmem, estrondosos! A monta de dinheiro é muito grande. Dinheiro que não vai para a educação, não vai para a saúde, o transporte, tampouco para a segurança. Ele está sendo posto diretamente à disposição dos candidatos.”
Participaram da palestra os vereadores Edio Lopes (PT), Elias Chediek (MDB), Gerson da Farmácia (MDB), José Carlos Porsani (PSDB), Paulo Landim (PT) e Rafael de Angeli (PSDB).
A palestra completa está no ar no canal da TV Câmara no YouTube, no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=7nrwmSU-ohU.