Um programa infantil que marcou toda uma geração! Esse foi o seriado Castelo Rá-Tim-Bum que, além de entreter com seus personagens, também encantava com sua bela construção de linhas arredondadas, mistérios e fantasias por todos os lados.

Para começar precisamos dizer que a bela e imponente construção que surgia como uma mágica na abertura do seriado, sendo levantada em torno de uma árvore (sim, a árvore da Celeste), não passava de uma maquete. Isso mesmo, fomos “enganados”!

Se você quiser saber, mais curiosidades e informações sobre o castelo, acompanhe esse artigo.

Conheça melhor cada cômodo do Castelo Rá-Tim-Bum

castelo que funcionava como moradia para o Dr. Victor, a tia Morgana e o pequeno Nino, uma família de feiticeiros, além de abrigar diversos animais e seres mágicos, como a cobra Celeste, o Gato Pintado e as fadinhas Lara e Lana, também tinha inúmeros detalhes, segredos e mistérios.

Castelo Ra Tim Bum Fachada

Logo na entrada do castelo, que só era lierada se a charada feita pelo Porteiro fosse solucionada, era possível encontrar o Relógio a direita (de quem entrava) e a frente a sala de estar. Um local amplo, iluminado e que contava com uma majestosa árvore, bem no centro, onde morava a querida cobra Celeste e também servia de abrigo para a casinha dos passarinhos cantores, João de Barro e as Patativas.

Arvore Castelo Ra Tim Bum

Logo atrás da morada da Celeste, embaixo da escada que ficava localizada ao lado esquerdo e dava acesso ao quarto da feiticeira Morgana, estava a passagem secreta para o quarto no Nino.

Definitivamente, a sala era o cômodo principal do castelo, além de ser o maior e o mais frequente cenários das aventuras vividas pelas crianças. Ela dava acesso a todos os outros cômodos da casa como a cozinha, a sala da lareira, a sala de música e a biblioteca.

Aliás, a biblioteca merece ser mencionada com mais atenção. Além do cenário ser a morada do Gato Pintado, um devorador de livros (no sentido figurado) e contador de histórias, ela dispunha de mais de 6 mil exemplares reais. Sim, aqueles livros eram de verdade!

Biblioteca Castelo Ra Tim Bum

Uma construção com mais de 6 mil anos de idade, o castelo era repleto de detalhes e junções de objetos antigos e modernos. Objetos como a caixinha de música, o teatro de marionetes, a pianola, o cavalete mágico, a caixa preta e mais uma série de outros objetos além de serem altamente decorativos, também eram encantados e interagiam com os visitantes do castelo.

Outras partes do Castelo

A sala e os cômodos térreos não são os únicos lugares interessantes do castelo. Existem outros que merecem ser mencionados como, por exemplo, o quarto da feiticeira Morgana. Localizado no alto da torre principal do castelo e com acesso exclusivo pela escada presente na sala, o quarto da Morgana possuia diversos elementos mágicos.

Quarto Morgana Castelo Ra Tim Bum

A começar por um grande caldeirão localizado bem no centro do cômodo, onde a Morgana era capaz de visualizar diversas situações e histórias, além de relembrar momentos de sua vida. Sua estante de poções ficava ao lado da janela, onde também existia um telescópio que a tia do Nino usava para observar as estrelas. O quarto também era palco de muitas histórias e conversas divertidíssimas entre a feiticeira e sua companheira Adelaide, uma gralha cheia de atitude e ideias próprias.

Descendo, além do térreo, é possível chegar aos cômodos no subsolo do castelo – mais precisamente dois. A oficina do Dr. Victor, onde o inventor passava horas criando seus experimentos – e também o pequeno Nino se aventurava em suas criações. E o Encanamento do castelo, onde moravam os monstrinhos Mau – que de mau só tem o nome e que adorava dar a gargalhada fatal – e seu fiel companheiro Godofredo.

Mau Godofredo Castelo Ra Tim Bum

Criação do Castelo Rá-Tim-Bum

Todo o incrível cenário da série Castelo Rá-Tim-Bum foi idealizado pelo arquiteto e cenógrafo Alexandre Suárez de Oliveira, que anteriormente havia sido responsável pelos cenários das séries “Mundo da Lua”, “X-Tudo” e “Glub Glub”.

Hoje, Alexandre é professor universitário da Universidade Estadual Paulista (UNESP) do curso de arquitetura e urbanismo. Em uma entrevista dada ao site Gazeta do Povo, Alexandre contou que suas principais inspirações para as criações foram as obras modernistas do catalão Antoni Gaudi e que sua intenção era misturar um toque colorido de ‘Art Nouveau’, com muito movimento e interação.

Além disso, ele contou que teve outras inspirações que acabaram agregando referências ao castelo como programas e desenhos de sua infância e memórias, além de possíveis escapes imaginários das crianças da época. Referências retiradas de desenhos como Os Jetsons, Scooby-Doo, Corrida Maluca e de programas infantis como Vila Sésamo foram as mais usadas.

De fato, este certamente foi um dos cenários mais elaborados e repletos de informações, detalhes, segredos e objetos, capazes de trazer muito mais aprendizado, diversão e inspiração para as crianças da época.