
O deputado federal Lobbe Neto recepcionou o candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo, João Doria, nesta segunda-feira (22), em São Carlos (SP).
Doria conversou com lideranças, correligionários do partido, cedeu uma coletiva à imprensa, em um supermercado na rua XV de Novembro, região central da cidade, e em seguida participou de uma entrevista no EPTV 2, da EPTV Central, afiliada da TV Globo.
O candidato tucano afirmou que vai incentivar o investimento do setor privado nas universidades estaduais, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), e rever as gestões atuais.
Questionado sobre a falta de recursos da Unesp, Doria afirmou que as universidades têm autonomia plena de gestão e que as verbas são prefixadas por decisão constitucional do governo do estado. “A gente tem que fazer é uma revisão de gestão, melhorar a qualidade de gestão para que os recursos sejam melhor aplicados”, disse.
Sobre o investimento do setor privado, ele afirmou que nos EUA é comum que indústrias e setores de tecnologia, que se beneficiam da qualificação dos estudantes, contribuam com a universidade. “As universidades aqui são provedoras de grandes talentos para as indústrias que estão aqui na região e podem contribuir e ajudar”, explicou sem detalhar como pretende estimular esse investimento.
Segurança
Doria afirmou que pretende resolver o problema da defasagem operacional da segurança pública contratando 13 mil policiais militares e 08 mil policiais civis ao longo do próximo ano. Também afirmou que pretende fazer uma reposição salarial das categorias. “Temos 400 bases da PM e vamos comprar mais 800 bases em todas as cidades do estado. Inclusive dessa região de São Carlos teremos uma base com cinco PMs. Armados, comunicados e com drones que vamos trazer para o interior”, contou.
O tucano também afirmou que quer delegacias funcionando 24 horas. “Não é possível imaginar delegacia que fecha à noite. Delegacia tem que funcionar 24 horas por dia, inclusive a Delegacia de Defesa da Mulher. A partir de janeiro, todas as compras serão de veículos operacionais blindados para proteger os policias e melhorar o combate ao crime. Polícia na rua e bandido na cadeia”, disse.
Também disse que os presos vão trabalhar nas prisões e vai acabar com as saídas temporárias. “[Preso] não vai ficar de papo pro ar ou fazer planejamento de crime dentro de presídios. Não vão entrar mais celulares nos presídios e vamos acabar com a saidinha. Preso tem que cumprir pena na cadeia”, afirmou.
Delegacia da mulher
Sobre os oito feminicídios ocorridos na região neste ano, Doria afirmou que pretende abrir 40 delegacias da mulher no estado, mas não especificou os locais. Ele também defendeu a abertura delas no período noturno. “A maior incidência de crimes e ataques acontecem à noite, não faz sentido que estejam fechadas. Vamos reverter isso para que a maioria possa abrir a noite. [É preciso que] cada bairro, cada região tenha uma delegacia mais próxima. Também teremos delegados e investigadores mulheres. Não é razoável que uma mulher vá a uma delegacia da mulher e seja atendida por um homem. A mulher numa situação de fragilidade e ameaça quer falar com outra mulher, ela se sente constrangida. Vamos corrigir essa deficiência”, disse.
Márcio França
Doria também falou sobre a relação com Márcio França, que era vice-governador de Geraldo Alckmin (PSDB) e aliado dele nas eleições de 2016. “Ele é de um partido de esquerda. Eu sou o anti-esquerda quero estar do outro lado, [não do] do PT, MST, dos partidos todos que são de esquerda, não quero Lula, não quero Fernando Haddad. Quero Jair Bolsonaro presidente e um governo que valorize a livre iniciativa, introduza a tecnologia para melhorar a eficiência da gestão pública. O Márcio França está no campo da esquerda, do PT, dos partidos que quase destruíram o país, gerando 13 milhões de desempregados. Prefiro o outro campo, do Bolsonaro, do campo que vai gerar novos empregos e oportunidades para todos”, afirmou.
Habitação
O candidato do PSDB disse que tem dois projetos para sanar o déficit de moradias populares no estado que, segundo ele, é de 1,3 milhão de habitações.
De acordo com um levantamento da EPTV, afiliada da TV Globo, em Araraquara faltam 7 mil moradias, em Rio Claro 6 mil e em São Carlos, 5 mil famílias esperam uma casa. “Nós temos dois projetos na área habitacional: um é o cheque moradia. Com R$ 60 mil, você entrega o cheque moradia à pessoa e ela escolhe onde morar. Com isso ela não precisa esperar a construção da obra, não precisa entrar em fila. Lógico que ela tem o compromisso e obrigação e a supervisão do governo para que ela use isso para a compra do seu imóvel”, disse.
O outro projeto, segundo Doria, é o programa de habitação popular com a construção de edifícios verticais nas grandes cidades. (com informações do portal G1 São Carlos)














