POLÍTICA | Em cerimônia de posse, Doria defende reestruturação do PSDB

O ex-governador Geraldo Alckmin não compareceu

O governador eleito por São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu hoje (1º), durante a cerimônia de posse na Assembleia Legislativa do estado, a reestruturação do seu partido, o PSDB. Segundo ele, é necessário ter “coragem para mudar e sintonizar” para atender os anseios da sociedade. De acordo com Doria, a iniciativa não tem o objetivo de desrespeitar a história do partido.

“Defendo uma reestruturação no meu partido. Temos de ter coragem de mudar e sintonizar”, disse o governador eleito. “Transformar não significa desrespeitar a história do PSDB. Sobretudo aquela que foi escrita por André Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Mas significa sim a necessidade de mudar, de transformar aquilo que a população espera dos seus governantes, dos seus parlamentares e daqueles que representam a legenda do PSDB, seja em São Paulo, seja no Brasil”, acrescentou.

A afirmação ocorreu ao final do discurso de quase 17 minutos. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, citado por Doria, não compareceu à solenidade. “Vamos ajudar o PSDB a estar sintonizado com o novo Brasil”, afirmou o governador eleito.

Durante o discurso, Doria disse que pretende doar seus salários mensalmente. Também afirmou que vai continuar morando na mesma casa, onde vive há 14 anos. Segundo ele, o Palácio Bandeirantes será o “palácio de trabalho”.

Em seu discurso, o novo governador disse que pretende atender aos pedidos da população por mudanças na forma de se fazer política e que, segundo ele, foram expressos nas urnas.

“Os brasileiros de São Paulo foram as urnas para confiar a nós a missão de renovar a política. E temos o desafio de atender a esse sentimento. O Brasil começou a mudar e vamos seguir nessa sequência. Temos que atender esse sentimento que foi expresso pelo povo”, destacou.

[Por Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil São Paulo]