No dia em que se completam quatro meses do incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse que será feita uma avaliação dos prédios públicos históricos para evitar novas tragédias. “Temos de fazer um pente-fino, porque eu não sei se não temos outros museus nacionais a ponto de pegar fogo”, disse Terra, na cerimônia de transmissão do Ministério da Cidadania.
Na noite do dia 2 de setembro passado, o Museu Nacional do Rio de Janeiro foi atingido por um forte incêndio e perdeu mais de 90% do seu acervo. Localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, o prédio histórico de dois séculos foi residência da família real brasileira. O Museu Nacional tinha cerca de 20 milhões de peças.
Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu Nacional tem perfil acadêmico e científico. Até o incêndio reunia peças raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias, além de servir de base para pesquisas. O governo federal e entidades internacionais se uniram em um esforço para reconstruir o museu e recuperar o acervo.
Segundo Terra, será necessário avaliar a situação e o risco de todos os prédios públicos, já que há informações de que muitos estão se deteriorando. “Não podemos ser surpreendidos por um novo incêndio”, disse o ministro, que vai comandar a área de cultura, esporte e desenvolvimento social.
A transmissão de cargo no Ministério da Cidadania foi prestigiada por ministros do novo governo, ex-ministros, parlamentares e políticos ligados ao MDB, partido de Terra. Na cerimônia, Alberto Beltrame e Leandro Cruz Fróes da Silva se despediram dos cargos de ministro do Desenvolvimento Social e do Esporte, respectivamente.
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