Só neste ano, cerca de 126 mulheres foram assassinadas pela condição de gênero. O aumento de casos de feminicídio no Brasil alertou o governo e as demais organizações civis.
O aumento de casos de feminicídio no Brasil alertou o governo e as demais organizações civis. Em sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que dará prioridade para a proteção dos direitos da mulher.
Na ocasião, Damares afirmou que esforços não serão poupados “no enfrentamento da discriminação e da violência contra as mulheres, sobretudo o feminicídio e o assédio sexual.”
Um dos motivos da preocupação é que em 2019, pelo menos 126 mulheres foram mortas no Brasil. Foram registradas 67 tentativas de feminicídio, quando se tenta matar uma mulher pela condição de gênero. Os dados são da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Outro número preocupante é que a cada dez feminicídios registrados em 23 países da América Latina e Caribe, em 2017, quatro foram no Brasil. É o que mostra o levantamento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à ONU.
Outro dado que chama atenção é a média nacional de 4,5 assassinatos a cada 100 mil mulheres, em 2016. O levantamento é do Atlas da Violência 2018, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipe) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) durante a década 2006 a 2016.
[Reportagem: Pedro Marra, da Agência do Rádio Brasileiro]