GERAL | Segunda noite de Carnaval no RJ empolga público na Sapucaí

Às 21h30, a escola de samba São Clemente abriu a segunda noite de desfiles no RJ. Lançado originalmente em 1990, o enredo escolhido pela Escola de Botafogo ganhou nova roupagem, embora o conteúdo permaneça praticamente o mesmo. É o Samba lamentando a transformação dos antigos desfiles em megaespectáculos, valorizando artistas da TV e deixando de lado personagens que deram a sua vida pela agremiação. Hoje, muitos deles são peças descartadas e nem participam dos desfiles.

O presidente Renato Gomes se mostrava bastante satisfeito com o resultado alcançado por sua Escola, sendo abraçado pelos sambistas, na dispersão. Entre os principais destaques do desfile ficaram a comissão de frente coreografada por Júnior Scapin, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Fabrício Pires e Giovanna Justo, e a bateria de mestre Caliquinho, que fez a galera vibrar.

UNIDOS DE VILA ISABEL

A Azul e Branco do bairro de Noel Rosa dedicou o seu carnaval para falar da cidade de Petrópolis, lembrando desde o sonho do Imperador D. Pedro I em construir uma cidade no alto da Serra até a execução do projeto, levada a efeito por D. Pedro II, décadas depois

O conjunto de alegorias foi um dos grandes destaques do desfile, bem como a exibição dos ritmistas comandados por mestre Macaco Branco, tendo a frente a simpatia da rainha Sabrina Sato. A dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira formado por Raphael Rodrigues e Denadir Garcia também arrancou muitos aplausos do público que lotava as frisas e arquibancadas. Outra atração foi a comissão de frente ensaiada e dirigida por Patrick Carvalho. O presidente Fernando Fernandes foi muito abraçado pelos componentes.

PORTELA

A Portela fez uma homenagem à cantora Clara Nunes, ressaltando a diversidade e a atualidade de sua trajetória e seu vasto repertório musical, constituído de sambas-canção, sambas-enredo, partidos-altos, marchas-rancho, forrós, xotes, afoxés, repentes e canções de influência dos pontos de umbanda e candomblé.

Entre os setores mais aplaudidos da Águia, a Velha Guarda, presidida pelo compositor Monarco – que também é o presidente de honra da agremiação – foi o que recebeu a maior manifestação de carinho do público. As paradinhas da bateria comandada por Mestre Nilo Sérgio, a comissão de frente coreografada por Carlinhos de Jesus e a dança do casal do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Marlon Lamar e Lucinha Nobre também receberam muitos aplausos. Na Dispersão, exultante com o desfile de sua Escola, o presidente Luis Carlos Magalhães agradecia o empenho de todo o contingente.

UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR

Uma saborosa viagem pelo sertão nordestino através das obras dos escritores cearenses Rachel de Queiroz e José de Alencar foi a proposta que a tricolor da Ilha do Governador levou para a Avenida, com muitas cores e peças de artesanato. O presidente Djalma Falcão estava muito feliz pelo resultado da proposta visual e da garra dos componentes, que crescia à medida que a Escola avançava na Avenida.

Entre os setores mais aplaudidos estavam a comissão de frente exaustivamente ensaiada por Leandro Azevedo, as variações rítmicas da bateria comandada por mestres Keko Araújo e Marcelo Santos; e mais uma, vez a dança do primeiro casal, Phelipe Lemos e Dandara Ventapane, um dos pontos marcantes do desfile insulano.

PARAÍSO DO TUIUTI

Um desfile com muita irreverência e simbolismos, onde o bode Ioiô, que chegou a ser eleito nas urnas, foi transformado em um líder nordestino, um verdadeiro salvador da pátria, confirmou a determinação da Escola de São Cristóvão em consolidar o seu espaço na elite do Samba Carioca.
As fantasias alegres e coloridas faziam um belo conjunto com as alegorias. Dando ao enredo uma narrativa clara e objetiva. O presidente Renato Thor, que também preside a Lierj, mais uma vez demonstrava o grande orgulho pelos resultados alcançados por sua equipe de carnaval, integrada por Andrezinho, Rodrigo Soares e Júnior Cabeça.

A comissão de frente coreografada por Filipe Moreira e Élida Brum, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Marlon Flores e Daniele Nascimento, e a bateria de mestre Ricardinho, tendo à frente a rainha Carol Martins também foram festejados pelo público.

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

Embalada por um samba que também foi cantado pelo público ao longo de todo o desfile, a Verde e Rosa mais uma vez pisou firme na Avenida, mostrando toda a sua disposição em brigar pelo título.

O presidente Aramis Santos era um dos mais vibrantes, passando toda a sua garra para os componentes. Destaques também para a bateria de mestre Wesley e da rainha Evelin Bastos, para o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus Olivério e Squel Jorgea, e para a comissão de frente coreografada por Rodrigo Neri e Priscila Motta.

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

Para encerrar os desfiles do Carnaval 2019 com chave de ouro, a Mocidade Independente de Padre Miguel apresentou um enredo sobre o Tempo e, através dele pode contar um pouco da sua história e de sambistas que deixaram saudades.

A bateria comandada por Mestre Dudu, tendo à frente a rainha Camila Silva, reviveu grandes momentos da “Não Existe Mais Quente”, do saudoso Mestre André. A comissão de frente coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Fineon foi uma das mais aplaudidas da segunda metade do espetáculo, que chegava ao seu final já com céu claro. O presidente Wandyr Trindade e o diretor de carnaval Marquinho Marino festejavam a grande exibição da Verde e Branco.

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