IBATÉ | Acusado de matar ex-mulher não aceitava a separação; casal estava em processo de divórcio
Em coletiva de imprensa, agora pouco, o delegado Dr. Gilberto de Aquino, que responde pela Delegacia de Polícia Civil de Ibaté, relatou que o desempregado Jaldir dos Santos, de 36 anos, matou a ex-mulher Maria da Glória Gomes Sá Santos, 33 anos, por ciúmes. “À princípio ele confirmou a autoria, dizendo que não aceito que ela me largue e fique com outro”, relatou.
Gilberto de Aquino também ressaltou que o casal estava em processo de divórcio no Fórum Judiciário de Ibaté, desde o início de abril e Jaldir havia sido intimado para responder ao processo judicial. “Por intermédio de testemunhas, apuramos que ele não aceitou essa separação e estava ameaçando a vítima de morte, pois ele não aceitava que ela mantivesse outro relacionamento, dizendo que se isso acontecesse, mataria ela”, contou o delegado.
A mulher que trabalhava em uma empresa de grande porte, localizada na rodovia Professor Luís Augusto de Oliveira (SP-215), em São Carlos, retornava do trabalho por volta da 1h, quando ao desembarcar do ônibus fretado pela empresa, na rua Santa Ernestina, foi abordada pelo ex-companheiro. Foi iniciada uma discussão e, em ato contínuo, o homem efetuou um golpe certeiro, cravando a faca no seu peito e empreendeu fuga com destino ignorado.
Aquino também elogiou o trabalho realizado pela Polícia Militar de Ibaté, em especial, do cabo Marques, que acompanhou o socorro da vítima, conseguiu conversar com ela e, mediante todas as informações recebidas, ao lado dos cabos Falaci e Fernando Cezar, conseguiu deter o acusado.
O portal Região em Destake conversou com Jaldir e o mesmo negou que tenha cometido o crime. Ele relatou que, embora tivesse ocorrido a separação, vivia em harmonia com a ex-mulher, com a qual tem duas filhas, sendo que uma delas, aniversaria na próxima sexta-feira.
Depois de viverem juntos por 17 anos, o casal se separou há um ano e cinco meses. O acusado relatou que a ex-mulher continuava frequentando a sua residência e afirmou que os vizinhos foram os responsáveis pela separação do casal. “Ela para mim, foi uma pessoa legal. Ela nunca me xingou, se eu precisasse de uma comida, ela ia fazer para mim, se eu precisasse de uma roupa, até dinheiro emprestado ela emprestava para mim “, comentou. “Os vizinhos do lado que começaram a se meter, onde não deve. Porque nós tínhamos uma vida prosperando, as nossas duas filhas sempre eram alegres, nós sempre fazíamos tudo para nossas duas filhas”, completou.
Ouça a entrevista do portal Região em Destake com o acusado do feminicidio:
Reportagem e fotos: Paulo Melo/Região em Destake