SÃO CARLOS | Parceria com universidade busca maior eficiência do banco de dados do município
O banco de dados das secretarias municipais é a fonte de informação mais importante do poder público. Por meio deles é possível realizar gestão pública com eficiência e qualidade. Isso ficou claro nos depoimentos e apresentações dos secretários municipais no workshop realizado na manhã desta sexta-feira (13/12), no anfiteatro do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP).
Outro fator importante que ficou evidente entre o poder executivo e os pesquisadores foi de que atualmente as secretarias estão interligadas, como por exemplo, a saúde necessita de segurança, educação, transporte, mobilidade urbana, entre outras. Portanto, são multidisciplinares.
Durante o workshop a chefe da Seção de Apoio à Vigilância em Saúde e Informação da Secretaria Municipal de Saúde e que coordena o trabalho de combate a endemias no município, Denise Scatolini, apresentou o mapeamento do mosquito Aedes Aegypti, trabalho que teve o apoio do projeto do Profº Drº Alexandre Claudio Botazzo Delbem do CeMEAI, Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas a Indústria.
Denise afirmou que até o momento o município está com quase dois mil casos de Dengue confirmados e oito mil notificações, mesmo assim os números são mais baixos comparados com de outros municípios da região. “Temos cerca de dois mil casos confirmados de Dengue, mas foi um ano epidêmico, e tivemos casos positivos na época de seca. Então foi um ano ininterrupto”, afirmou ela.
Segundo ela esses estudos em conjunto com os pesquisadores são importantes. “Temos muitos dados para ser trabalhados e assim iremos conseguir a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Só recurso humano não resolve o problema e por isso é importante os estudos que estamos realizando desde o primeiro semestre para analisar e fazer modelos de combate à Dengue”, finalizou.
Já o professor Alexandre falou da importância da parceria com a Secretaria de Saúde no combate ao Aedes Aegypti, transmissor da dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela. “A gente fez reuniões após as apresentações dos projetos da saúde no primeiro encontro e assim fomos nos conhecendo e encontrando qual caminho seguir. Resolvemos realizar estudos de mapeamento da Dengue na cidade, tudo isso sem recursos”, explicou o pesquisador.
A parceria com a universidade é coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, mas conta com a participação também das secretarias municipais como de Esportes e Cultura, Fazenda, Cidadania e Assistência Social, da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Segurança Pública, Transporte e Trânsito, além da FESC e do SAAE, que também apresentaram os seus projetos no workshop.
“Nesta segunda fase foram colocados claramente as necessidades das secretarias municipais, tendo o apoio das universidades na busca da eficiência e qualidade nos serviços públicos. Os projetos estão adiantados, as necessidades estão claras, ou seja, houve uma evolução em relação ao ano passado. Quando colocamos os dados em um único conjunto, temos um sistema de informação. Depois transformamos o sistema de informação em conhecimento e no final, em uma ação estratégica, esse é o objetivo do nosso projeto “Caminhos para o futuro, ciência e tecnologia para a sociedade”, finalizou José Galizia Tundisi, secretário de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação.