OPINIÃO | A Educação e seu Papel Transformador na Sociedade pós COVID-19

Bruno Zancheta*

Inicio hoje este artigo com a categórica afirmação de que a Educação terá, de forma estratégica, um papel transformador na sociedade pós COVID 19. Afirmo e reitero isso, pois somente ela, será capaz de transfazer essa difícil barreira que enfrentaremos. Sem dúvida, ela é a mola propulsora de qualquer sociedade constituída que deseje ser reconhecida e respeitada no cenário global e, mais do que nunca, passado todo esse terremoto viral, caberá a ela uma recomposição das novas competências ora testadas e fragilizadas. Historicamente, as bruscas mudanças em todo globo terrestre foram provocadas pela Educação e seu papel fundamental de modificar histórias e contextos que sem a inserção da ponta do lápis seriam bastante tenebrosos. A Educação tem como função básica e primordial a garantia da produção e da reprodução cultural na instituição dos valores e conhecimentos necessários para que nós, seres humanos, sejamos seres pensantes e hábeis na tomada racional de decisões.

Porém, o papel da educação como repositório do saber e reconstrutora de um cenário global, com toda certeza nos faz acreditar que não será diferente esta vez mais,  pois caberá a ela através do profícuo trabalho de seus agentes, em seus mecanismos e instituições ser protagonista da reconstrução de nossa sociedade, depois do principal marco do século XXI: o COVID 19. Num outro contexto, a sociedade sul-coreana passou por uma revolução educacional desencadeadora de seu desenvolvimento produtivo e cultural atualmente reconhecido, depois de ficar em frangalhos, estando hoje nos rankings mundiais de educação, postulando-se como um dos principais países da Economia Globalizada. Faz-se necessário ponderar que tudo isto só foi possível por um bem planejado modelo acompanhado de um maciço investimento no sistema educacional de suporte ao desenvolvimento e principalmente prestigiaram: um plano de carreira e uma valorização efetiva dos professores.

Émile Durkheim, principal expoente da criação da Sociologia, entende que a Educação é um processo de socialização de gerações, passando de uma geração jovem para uma geração adulta. Os professores, para ele, ficariam encarregados de construir em cada indivíduo, os valores morais e sociais e o processo educacional, representado pela “escola”, teria seu papel fundamental onde quer que estivesse inserida. 

A busca intensiva e incansável pela descoberta de uma vacina, de um antidoto ou então, de algo paliativo para o efetivo e eficaz combate ao COVID 19 desafia todo o mundo. Países, através de suas competências e sumidades, irão investir mais recursos em seus esforços de pesquisa em seus laboratórios, em suas farmácias, em seus médicos, vendo e revendo seu arcabouço de conhecimentos e saberes.  Entretanto, cabe reforçar que não se podem repetir os erros crassos de se desdenhar a educação básica representada por seus agentes, mecanismos e instituições, pois que representam a garantia de se fundamentar as bases de um futuro promissor. Enquanto cobramos sob as atuais condições de pressão, o desempenho produtivo de pesquisadores, vacinadores, médicos e pessoal de apoio, que diga-se, é altamente meritório, não podemos nos esquecer que serão os grandes protagonistas pós COVID 19, os educadores, em suas múltiplas funções.

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(*) O autor é Professor da Rede Estadual de Ensino, Cientista Político, Cientista Social e Antropólogo pela UFSCar- Universidade Federal de São Carlos. Graduando em História pela UNIP – Universidade Paulista, Assessor Parlamentar e apaixonado pela vida. É colunista dos sites: São Carlos Agora, Sucesso São Carlos, Região em Destake, São Carlos Dia e Noite, dos Jornais “Primeira Página”, “Gazeta Central” e da Revista Ponto Jovem. Idealizador e Coordenador da Ação Social “Unidos Somos Fortes” e um blog em seu site: brunozancheta.com.br.