
O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania) expressou cumprimento a profissionais e veículos de comunicação de São Carlos pela passagem do “Dia Nacional da Imprensa” neste 1º. de junho. Ressaltou que os profissionais que atuam na cidade “são aqueles que mais perto de nós exercem uma função muito importante e atuam num setor fundamental para o exercício da democracia”. Acrescentou que “democracia e imprensa livre são garantias de uma sociedade civilizada e de um país justo, libertário e evoluído”.
Azuaite lamentou que este Dia da Imprensa, “infelizmente não seja como desejamos: nosso país hoje é o epicentro mundial da pandemia de Covid-19, há crises política e econômica, desrespeito às instituições e ameaças à democracia”.
Ressaltou que “a imprensa brasileira resiste e, nestes tempos sombrios, conserva a sua credibilidade, sendo uma garantia de informação de qualidade em meio a um cenário de fake news e muita desinformação”.
O parlamentar assinalou que o jornalismo profissional veicula notícias apuradas com método e rigor e que, por isso, tem a credibilidade da população.
Citou levantamento da Edelman, agência global de comunicações, que mostrou que 59% dos brasileiros (64% no mundo) buscam informações confiáveis sobre a pandemia nos meios de comunicação tradicionais. E também uma pesquisa do DataFolha, a respeito de busca de informações confiáveis sobre o novo coronavirus, revelando que 61% dos entrevistados confiam nos programas jornalísticos de tevê; 56%, em jornais; 50%, em rádio; e 38%, em sites de notícias. Já conteúdos que circulam por WhatsApp e Facebook só foram apontadas como confiáveis por 12% dos entrevistados.
Para Azuaite, “o momento é de cerrar fileiras em defesa da democracia e da liberdade de imprensa e valorizar o trabalho de profissionais que vêm sendo atacados por neofascistas em nosso país”. “Muitos jornalistas hoje correm risco de vida em nosso país, decorrente do exercício da profissão”, lamentou.
Dados da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) apontam que no ano passado houve no Brasil 59 registros de discurso estigmatizante feitos por agentes políticos e públicos contra jornalistas. Neste ano foram 39 até agora. Os casos de assédio virtual foram 30 em 2019 e chegam a 20 este ano. Desde a chegada da pandemia ao Brasil, a Abraji registrou 24 violações à liberdade de imprensa entre 1.º de março e 21 de abril, sendo 13 agressões e ataques a repórteres, nove casos de discurso estigmatizante e dois assédios virtuais.
“Por tudo isso, mais do que reconhecer a importância do papel dos profissionais de Imprensa no Brasil neste momento, é importante fortalecermos sua resistência aos intolerantes, aos inimigos da liberdade; viva a Imprensa livre”, concluiu Azuaite.