MINUTO DA SAÚDE | Entenda porque o leite artificial não substitui o leite materno

O leite materno é recomendado até os dois anos ou mais, e nos seis primeiros meses de vida do bebê deve ser o único alimento ofertado, já que nessa fase ele possui todos os nutrientes necessários para a criança e não precisa ser complementado com outro alimento, como chá, suco, água ou outro tipo de leite. Ele é de fácil digestão, rico em anticorpos, protege a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade na vida adulta. Por isso, os bebês que nascem prematuros e/ou de baixo peso e não podem ser amamentados pelas próprias mães, precisam receber doação de leite materno para se recuperarem mais rápido. A coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Janini Selva Ginani, explica que não existe alimento artificial que possa ajudar a salvar a vida dessas crianças prematuras como a doação do leite materno.

“O leite materno é específico. Portanto, cada mamífero produz o leite ideal para o seu filho conforme a necessidade de desenvolvimento. Os leites artificiais vendidos nas farmácias são geralmente de vaca, cabra ou até mesmo de origem vegetal. Não existe leite artificial igual ao leite materno. O leite materno é um leite vivo, com anticorpos que passam da mãe para o filho, nutricionalmente adequado e rico em compostos que não conseguem ser mimetizados pela indústria. Além de ser sustentável, não gerar resíduos e ser gratuito.”

O Brasil possui a maior Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é modelo de referência internacional com cooperação em mais de 20 países das Américas, Europa e África. Entre as responsabilidades desses Bancos de Leite Humano, está o processamento e controle de qualidade do leite materno distribuído para as crianças prematuras e/ou de baixo peso internadas nas Unidades Neonatais.

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite. [BRASIL 61]