JUSTIÇA | Tribunal aumenta pena de assassino do tatuador Marcos Tsunami

O Tribunal de Justiça na capital acatou o pedido do Ministério Público de São Carlos e aumentou a pena do empresário Fernando Ganci, condenado pela morte do tatuador Marcos Gentil Romero, 36, o “Marcos Tsunami”. O crime aconteceu em dezembro de 2018, na região do terminal rodoviário de São Carlos.

A defesa do réu pedia a pena mínima, por entender se tratar de um homicídio doloso putativo, uma vez que retirando o cinto de segurança, Tsunami, aparentava para Fernando Ganci que estaria sacando uma arma de fogo e por esse motivo o autor teria atirado.

Ganci foi condenado em setembro de 2019 a 14 anos de prisão. Após o julgamento o promotor público Mário José Correa de Paula, que atuou na acusação, representou junto ao presidente do Tribunal do Júri, Dr. Antônio Benedito Morelo pelo aumento da pena do réu, entendendo que o crime foi premeditado e que a vítima não teve direito de defesa.

Nesta segunda-feira (21) saiu a decisão. Dois desembargadores acataram a tese da acusação e aumentaram a pena do empresário Fernando Ganci em quatro anos. Agora ele terá que cumprir pena de 18 anos pelo crime cometido.

Nesta quarta-feira (23), os defensores do empresário foram informados da decisão do recurso impetrado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Ganci segue preso na penitenciária de Araraquara.

O CRIME

A câmera de segurança de um supermercado registrou o crime. No vídeo, a rua César Ricome aparece movimentada. No canto direito da tela é possível ver Fernando cortando a frente do carro do tatuador sem dar seta. Em seguida estaciona na lateral de um supermercado.

Tsnumani parece ficar bravo com Fernando e para o veículo. Os dois discutem e o empresário sai do carro e dá um soco no tatuador que tenta abrir a porta, mas é atingido por vários tiros. Tudo acontece muito rápido.

Fernando volta para o carro onde estavam a mãe e a esposa e foge em seguida.

O veículo do tatuador começa a andar. O motorista de um ônibus corre e consegue puxar o freio de mão.

Fonte: São Carlos Agora