PÁSCOA | Desenvolvimento Regional apoia barreiras sanitárias das Prefeituras Paulistas para o feriado
Medida visa coibir o fluxo de turistas ao Litoral Norte e ao Litoral Sul dentro dos próximos dias; Fase Emergencial do Plano São Paulo de combate à pandemia segue até 11 de abril
Em Coletiva de Imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, nesta 6ª feira (24/3), o Governo do Estado atualizou os dados das ações de combate à pandemia de Covid-19. Segundo o Executivo Paulista, o momento ainda é desafiador. Portanto, será prorrogada até 11 de abril a Fase Emergencial do Plano São Paulo. No encontro com os jornalistas, a esfera estadual também externou apoio às barreiras sanitárias que estão sendo articuladas pelas Prefeituras em todo o território paulista, sobretudo no Litoral, para o feriado de Páscoa.
A Fase Emergencial do Plano São Paulo, que abarca mais restrições de circulação e de realização de atividades, está em vigor desde 15 de março nos 645 municípios do Estado. O objetivo da medida é deter o avanço no número de casos, de internações e de óbitos causados pelo Novo Coronavírus.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, afirmou que o atual momento da pandemia “é dramático”, o que justifica alerta geral por parte dos prefeitos e dos municípios, bem como da sociedade de maneira geral:
“Por isso, mais do que nunca, as parcerias do Governo de São Paulo com as Prefeituras têm importância crucial. Nos próximos dias, a expectativa é haver mais de cem barreiras sanitárias em todo o Estado para o feriado de Páscoa, além da suspensão da operação descida na Rodovia dos Tamoios e no sistema Anchieta/Imigrantes. Em paralelo, Estado e cidades ainda agem em conjunto na fiscalização do comércio. Quarentena não é férias. As medidas são duras, mas são para, muito em breve, termos boas notícias”, afirmou Vinholi.
A suspensão das operações nas estradas visa desestimular o fluxo para as praias no feriado prolongado na capital e na Fase Emergencial do Plano São Paulo. A Rodovia dos Tamoios (SP-099) é um dos principais acessos ao Litoral Norte. A exemplo da medida implementada no Sistema Anchieta Imigrantes (SAI), a da Tamoios, a princípio, é válida até 4 de abril.
“A suspensão da operação descida na Tamoios atende a pedido dos prefeitos da região”, lembrou Vinholi.
Ocupação de Leitos
Hoje, no Estado, a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar Coronavírus é de 91,6%. São Paulo tem 12.674 pacientes internados, ante 12.593 registrados no dia anterior, o que demonstra desaceleração e, portanto, resultado satisfatório da Fase Emergencial e suas medidas mais contundentes.
Já quanto ao número de casos de Covid-19, houve incremento de 6,9% em comparação a semana epidemiológica anterior. As internações subiram 8,2% e o de óbitos, 10,9%. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado tem trabalhado intensamente para aumentar a quantidade de leitos.
De 3,5 mil leitos de UTI no início da pandemia, em 2020, São Paulo conta atualmente com 9.581 leitos ofertados na rede pública. Somados aos leitos da rede privada, o Estado tem, agora, um total de 13.834 leitos para pacientes com Coronavírus.
Somente neste mês, houve acréscimo de 50% na criação de leitos Covid de UTI, entre públicos e privados.
Plasma contra Covid ganha rede em São Paulo
O Instituto Butantan vai coordenar uma nova estrutura de coleta, de distribuição e de uso de plasma sanguíneo nos serviços de Saúde de todo o Estado para o tratamento de Covid-19 mediante transfusão de plasma convalescente. O material é obtido a partir do sangue coletado de pessoas infectadas com o Novo Coronavírus.
Os pilotos da iniciativa serão implantados em Santos, no Litoral Sul, e em Araraquara, no interior do Estado.
Para a criação da rede, o Butantan contará com a colaboração de cinco grandes hemocentros parceiros: HHemo, Fundação Pró-Sangue e Colsan, em São Paulo; Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas; e O Hemocentro de Ribeirão Preto.