IBATÉ | Ministério Público denuncia vereador por quebra de decoro parlamentar

A Câmara Municipal de Ibaté vai apreciar a partir da próxima semana, quando será retomada as atividades após o recesso, a denúncia do promotor de Justiça, Marco Aurélio Bernarde de Almeida, sobre possível quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Waldir Siqueira (PTB).

Siqueira está sendo acusado pelo Ministério Público de atrapalhar o trabalho da Polícia Civil durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária de 30 dias, contra o seu sobrinho, no final do ano passado. Segundo o relatório de investigação, o parlamentar teria favorecido a fuga do rapaz.

Ainda segundo o relatório, os policiais de Ibaté e a DISE de São Carlos foram até uma casa no Jardim Nosso Teto, onde na frente encontraram o carro do procurado. Ao ser chamado pelo morador, os policiais foram atendidos pelo vereador Waldir Siqueira, que segundo o relatório, teria utilizado de artifícios na demora de abrir o portão da residência e atrasar a entrada da equipe.

“Após vasculhar os quartos superiores, após transpor certos obstáculos, como cães, pela surpresa dos policiais, o acusado já havia fugido”.

Na denúncia oferecida à Justiça de Ibaté, o promotor reprovou a atitude do vereador. “Reprovável a postura do nobre edil que, ao invés de emprestar respeito e eficácia à autoridade do mandado envergado pela Polícia Judiciária, que atua de ofício como braço armado para a execução do Poder Judiciário, dificultou a ação dos policiais, o que teria culminado com a frustração da prisão de procurado da Justiça, quando o corretor seria levar suas razões de inconformismo ao Juízo, para, se o caso, revogação do mandado expedido”.

O portal de notícias São Carlos Agora entrou em contato, via Whatsapp, com o vereador Waldir Siqueira. Ele alegou que em nenhum momento tentou dificultar o trabalho da Polícia, muito menos facilitou a fuga do sobrinho, que no dia dos fatos, estava com suspeita de Covid e que foi apenas o tempo de colocar a máscara e abrir o portão. Disse ainda que deixou os policiais a vontade para realizar uma varredura em sua residência.

[Fonte: São Carlos Agora]