Lúcia Ortiz participou do ‘Canal Direto com a Prefeitura’ nesta segunda-feira (29) e falou sobre o trabalho realizado na Fundação Municipal Irene Siqueira Alves
A diversificação dos serviços prestados pela Fungota na Saúde de Araraquara é a maior conquista da Fungota (Fundação Municipal Irene Siqueira Alves – Vovó Mocinha) nestes dez anos de trabalho completados em março de 2022, segundo avaliação da diretora-executiva da instituição, Lúcia Ortiz.
“A Fungota, que cuidava de mulheres e bebês, hoje cuida de um grande segmento da população de Araraquara”, disse Lúcia em participação no “Canal Direto com a Prefeitura” nesta segunda-feira (29) — o programa vai ao ar ao vivo, de segunda a quinta-feira, na página da Prefeitura no Facebook.
“Atualmente, a Fungota é um serviço muito importante na rede de assistência do município. Em 2017, quando a gente assumiu a diretoria, a Fungota era mantenedora apenas da Maternidade Gota de Leite. Em 2018, a gente começou essa diversificação de serviços, o que até preparou a Fungota para ser a grande parceira da Secretaria da Saúde no enfrentamento da Covid-19”, afirmou.
A diretora relembrou que, em 2018, a Fungota assumiu a gestão das três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento Central, da Vila Xavier e do Valle Verde). “Em 2020, com a pandemia, a Fungota assumiu a gestão dos serviços que foram estruturados para o atendimento específico para Covid: o polo de atendimento Covid, na Vila Xavier; o hospital de campanha, que foi motivo de orgulho para todos nós e teve estrutura imensa para dar suporte não só para Araraquara, mas para toda a região; além da unidade de retaguarda do Melhado”, explicou Lúcia.
Neste momento, a Fungota faz a gestão do complexo da Maternidade Gota de Leite (que inclui a própria maternidade, um ambulatório multidisciplinar e a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera), das três UPAs e da unidade de retaguarda do Melhado, hospital de baixa complexidade que foi reaberto atendendo pedido da população no Orçamento Participativo.
Estrutura
Lúcia Ortiz também detalhou alguns investimentos feitos pela Fungota, desde 2017, na estrutura de atendimento para oferecer mais conforto a gestantes e familiares, como a troca de todos os móveis e instalação de ar-condicionado e aparelhos de TV nos quartos. “Remodelamos a estrutura de hotelaria da maternidade”, destaca.
Outro investimento importante foi o do quarto PPP, ambiente em que a parturiente vive os três estágios do parto — pré-parto, parto e pós-parto — no mesmo local. “Instalamos cinco quartos PPPs. Isso foi fundamental para a maternidade caminhar para um atendimento realmente humanizado.”
A compra de modernos equipamentos também ampliou a estrutura da fundação. “Fizemos a renovação de alguns equipamentos que a gente tinha. Um deles foi o ultrassom. Hoje, a Fungota tem um ultrassom supermoderno. O exame é de muita qualidade e pode identificar algum problema com antecedência, para fazer uma intervenção e o final da gestação ocorra bem”, explicou.
Gestão de pessoal
Lúcia Ortiz também destacou o investimento nos profissionais da saúde. “Enfermeira que sou, tenho muito orgulho do que nossa gestão fez com os profissionais de saúde da Maternidade Gota de Leite. Quando a gente chegou, o vale-alimentação do funcionário da Gota era de R$ 170. Hoje é R$ 740. Nossos funcionários não tinham prêmio-assiduidade, e a gente instituiu. Criamos uma estrutura de governança que não existia. Todo setor possui uma pessoa que, junto com a diretoria, ajuda a organizar a maternidade e ter uma estrutura que melhore e muito a qualidade da assistência”, afirmou.
Entre as medidas adotadas também estão treinamentos, capacitações e o acordo coletivo assinado com o Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) para estabelecer a jornada de 30 horas semanais para os funcionários da Fungota. Auxílio psicológico durante o enfrentamento da pandemia também foi uma medida necessária adotada pela Fungota, com a contratação de uma profissional especialista em gestão de pessoas.
“A Covid era uma doença respiratória, e no andar da carruagem a gente percebeu que era uma patologia que atingia vários órgãos: cérebro, coração, rim. O serviço teve que ir se adequando de acordo com o conhecimento científico que chegava. Essa situação foi de muito estresse e angústia para os profissionais de saúde. E outra coisa é que nós, profissionais de saúde, sabemos que podemos adoecer por pegar uma doença de um paciente de que a gente está cuidando, mas esse risco sempre foi diluído. Pela primeira vez, diariamente no nosso trabalho, a gente correu risco de morrer. Um risco real, verdadeiro. A gente trabalhou quase 1 ano sem vacina. Quem tinha filho pequeno, quem tinha mãe e pai idoso, quem morava com tia: nós viramos pessoas que colocavam em risco as pessoas que a gente ama. Foi um momento de muito sofrimento”, relatou.
Ao fim da entrevista, Lúcia Ortiz resumiu seu sentimento por estar à frente na Fungota no momento em que a instituição completa dez anos, sendo a diretora-executiva nos últimos cinco deles. “Temos muito o que fazer e o que melhorar, mas, sem dúvida, a gente está feliz com a caminhada nesses dez anos”, concluiu.