No final da noite desta segunda-feira a Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias do homem acusado de matar três pessoas no centro de São Carlos na tarde do último domingo (28). Raimundo Nonato Martins, 55, anos se apresentou ontem, na DIG. Ele estava acompanhado do advogado e entregou aos policiais a arma usada no crime, um revólver calibre 38 registrado em seu nome.
A equipe da DIG já tinha analisado imagens de câmeras de seguranças próximas e identificado Raimundo.
“Fui procurado pelos familiares do meu cliente que estava muito arrependido por tudo que aconteceu. Ele explicou que resolveu se entregar para esclarecer o ocorrido e apresentar a arma, os cartuchos deflagrados e também apresentar a roupa que ele utilizou no dia dos fatos”, explicou o advogado Roquelaine Batista em entrevista ao SCA.
O advogado não quis dar detalhes sobre a motivação do crime, mas o SCA apurou junto aos policiais da DIG que por muito tempo Raimundo teve um restaurante chamado RR que funcionava ao lado da casa da vítima Zelma Maria Raymundo de Oliveira, a qual era dona do prédio.
Raimundo teria enfrentado dificuldades financeiras e teria atrasado alguns aluguéis. A dona do imóvel teria entrado na justiça e o comerciante teve que se mudar para outro ponto e, segundo informações, teve bens penhorados e queda no movimento do restaurante,
Isso tudo teria causado certa revolta em Raimundo que resolveu se vingar.
O primeiro a ser morto foi o ex-marido de Zelma, João Batista de Oliveira. Ele que morava a poucos metros do antigo restaurante foi morto com um tiro na nuca.
Em seguida Raimundo foi até a casa da mulher, mas ela não estava, já que tinha ido almoçar em Cachoeira de Emas, na região de Pirassununga. Ele ficou nas redondezas esperando.
Quando Zelma chegou junto com o motorista Reginaldo Aparecido Pereira Lima, ele entrou na casa e executou os dois, fugindo em seguida.
Segundo o advogado, Raimundo não tinha antecedentes criminais. Ele está preso no Centro de Triagem e após os 30 dias deve ter a prisão convertida em preventiva, devendo ficar preso até o julgamento.
[São Carlos Agora]