SÃO CARLOS | Piscinões absorvem água das chuvas e ajudam prefeitura no combate às enchentes
Retendo aproximadamente 57 mil metros cúbicos das águas pluviais durante as chuvas de alta intensidade os piscinões (reservatórios de água) construídos pela Prefeitura de São Carlos tem sido grandes aliados nas ações de combate às enchentes no município. A retenção das águas tem aliviado também o volume em córregos de outras regiões da cidade.
São Carlos tem 2 importantes piscinões de águas pluviais que estão hoje na bacia do Córrego Simeão: o piscinão da CDHU (que está retendo 22.000 m3, mas que tem capacidade para até 92.000 m3) e o da Travessa 8, na Vila Prado, que vem exercendo sua função plena (retendo 35.000 m3), evitando que a chuva que atingiu São Carlos na noite de segunda-feira (23/01), quando a Defesa Civil registrou 62,6 mm, chegasse na região do Mercado Municipal e na Lagoa Serena.
De acordo com o secretário de Obras Públicas, João Muller, o funcionamento pleno do piscinão da CDHU, ou seja, a entrada em operação dos 4 dissipadores restantes depende de obras da empresa Rumo, como a duplicação da avenida Heitor José Reali que liga a rotatória da antiga fábrica de tubos da Cardinalli com a avenida Getúlio Vargas e passa em frente ao Cedrinho. “A duplicação é obra fundamental para a transposição da linha férrea e também da avenida Morumbi por meio de um viaduto que será construído pela empresa Rumo”, disse João Muller.
Ainda de acordo com o secretário João Muller quando forem concluídas as obras da Rumo a capacidade de retenção de águas das chuvas pelo piscinão da CDHU será ampliada para 92 mil metros cúbicos.
O piscinão da CDHU está exercendo a função parcialmente porque neste momento recebe as águas do Parque São José e da avenida Morumbi, motivo que ainda levou a Defesa Civil a considerar como ponto de alagamento a região da Praça Itália, inclusive com interdição de via por 1h na última segunda-feira (23).
Os piscinões são usados no combate às enchentes principalmente em áreas urbanas onde não existem condições de entrar com outra técnica para reduzir o volume de água de determinada regiões.
A retenção de água de um piscinão é feita por um período e calculado por especialista em hidrologia exercendo a função de acordo com a área que foi determinada a sua construção.
A Prefeitura de São Carlos, em paralelo, tem buscado recursos estaduais e federais para execução de outras obras de combate às enchentes ou que promovam reter a precipitação pluviométrica de modo que não haja novos prejuízos. No dia a dia outros trabalhos de combate às enchentes são realizados como a limpeza de córregos, a manutenção e reconstrução de estradas na zona rural, além dos serviços de limpeza e desobstrução de bueiros.
Netto Donato, secretário de Governo, lembrou que o prefeito Airton Garcia já solicitou recursos ao governador Tarcísio de Freitas para a construção de outras obras, entre elas mais um piscinão. “Também estamos executando a ampliação da ponte sobre o Córrego Monjolinho a jusante da linha férrea, localizada no bairro Recreio dos Bandeirantes e a Rumo se comprometeu resolver definitivamente o problema de alagamento na Rotatória do Cristo com a construção de uma ponte. Apesar dos problemas, vamos avançando para encontrar soluções para evitarmos problemas maiores com as enchentes”.
O secretário de Segurança Pública, Samir Gardini, responsável pela Defesa Civil do município e outras ações de apoio e combate às enchentes explica que já ficou provado a eficiência dos piscinões em relação a diminuição dos alagamentos. “Nós temos o Varjão, a Lagoa Serena e eu não tenho dúvida que a operação dos piscinões em especial o da Travessa 8 poupou aquele local de uma situação muito mais grave”.
O diretor da Defesa Civil, Pedro Caballero, elogiou a operação dos piscinões. “O piscinão da Travessa 8, recolhendo água da Vila Prado, evitou que chegasse na região do Mercado Municipal e também da Lagoa Serena. O córrego Gregório não chegou a extravasar e o Monjolinho que vem da UFSCar se manteve no nível normal. A operação do piscinão realmente mitiga o impacto das águas de chuva de forma bastante eficiente”, disse.
Sobre as chuvas de verão, Caballero explica que são de rápida formação e precipitação, o que dificulta fazer ações de prevenção e de proteção.