Oficina debate redução de danos, contextos e abordagens da saúde mental

O Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial (DGCA) da Secretaria Municipal de Saúde, através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS I e AD), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – residência multiprofissional em saúde mental (incluindo os estagiários de Psicologia), promoveram na quarta-feira (26/6), no auditório do Paço Municipal a Oficina “Redução de Danos, contextos e abordagens”.

A Oficina que reuniu equipes multiprofissionais com psicólogos, médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e os usuários do CAPS, teve como objetivo pautar o cuidado em Saúde Mental para pacientes que tem problemas com uso de álcool e outras drogas, nas estratégias de redução de danos, na saúde pública e a liberdade destas pessoas. A ideia é garantir os cuidados necessários para esse público e refletir que o cuidado também pode ser pensado na atenção primária, com oficinas que trabalham arte.

“A redução de danos tem inúmeras possibilidades de cuidado de pensar, como essa pessoa pode acessar os serviços públicos de saúde, assistência social e educação e que ela pode manter os cuidados necessários e importantes para a saúde física e mental”, enfatizou Kátia Stocco, psicóloga e supervisora do CAPS AD.

No período da manhã foram realizadas atividades lúdicas, trabalhando a arte e a cultura, trazendo outra perspectiva de cuidado, abordada por diversos profissionais e palestra. No período da tarde o foco foram atividades variadas e contexto como a redução de danos no campo da psiquiatria, da arte e cultura, na infância e juventude e no contexto de festa trazendo de forma ampliada as possibilidades de cuidado; além de mesa redonda sobre “A Redução de Danos nos diferentes contextos de cuidado”.

Crislaine Mestre, diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial, ressalta que a interação entre os profissionais da atenção especializa com a atenção primária envolvendo os usuários neste diálogo é importante para poder olhar e qualificar o cuidado ofertado para a população.

“Trazer a atenção primária para esse cuidado também é importante porque ainda em 2024 temos dificuldades dos profissionais e pacientes procurarem a atenção primária (UBS’s e USF’s) como a primeira porta de entrada do sistema público de saúde não só para as doenças preexistentes como a hipertensão e o diabetes, mas também para o cuidado dos pacientes de saúde mental e que fazem uso de substâncias, portanto discutir redução de danos em todos esses pontos de atenção e também fora dos ambientes de saúde é fundamental”, finalizou.

Entre os benefícios da Oficina estiveram a partilha com troca de experiências na redução de danos, a participação das equipes multiprofissionais com o campo do conhecimento para os profissionais e a presença dos usuários que também puderam relatar experiências e compartilhar estratégias individuais, enfim um espaço que discutiu a prevenção doenças, danos e promoveu cuidados em saúde.