Na tarde de quarta-feira, 19 de dezembro, a vítima compareceu à Delegacia de Polícia de Ibaté para registrar um boletim de ocorrência relatando ter sido vítima de um golpe de estelionato. Segundo a denúncia, o crime teve início após a vítima visualizar, por meio da rede social Facebook, um anúncio de venda de um vídeo game. O suposto vendedor, utilizando um perfil falso, solicitou o pagamento de R$ 1.150,00 para a conta bancária de outra pessoa, alegando ser o responsável pela venda do produto.
Após a transferência do valor solicitado, o golpista pediu mais R$ 1.550,00 para enviar o item, afirmando que o pagamento adicional era necessário para cobrir os custos do envio. A vítima, desconfiada de que estava sendo enganada, decidiu não realizar o novo pagamento e cessou as conversas com o suspeito, registrando o caso na delegacia.
A vítima então entrou em contato com o banco para solicitar o estorno do valor de R$ 1.150,00, que foi pago inicialmente. O gerente do banco, ao ser consultado por aplicativo, informou que uma análise seria feita no prazo de sete dias, mas não deu maiores garantias sobre o ressarcimento.
No dia 19 de dezembro, a vítima recebeu uma mensagem por WhatsApp de alguém que se passou por um funcionário do banco, informando que o estorno estava em andamento. O suposto atendente solicitou que a vítima confirmasse um código enviado por mensagem, mas devido à desconfiança de que se tratava de outro golpe, a vítima não abriu o código e, temendo mais prejuízos, transferiu R$ 3.791,48 para uma conta de outra instituição bancária, localizada em Araraquara.
Após a transferência, a vítima acessou o aplicativo do banco novamente e abriu o código enviado. O golpista alegou que o estorno dos R$ 1.150,00 seria feito na conta bancária da Caixa Econômica Federal. No entanto, quando a vítima abriu o aplicativo da Caixa para verificar, seu celular ficou temporariamente inoperante. Ao reiniciar o aparelho, a vítima constatou que dois valores, um de R$ 2.614,47 e outro de R$ 1.150,00, haviam sido transferidos para uma conta bancária diferente, de um nome que não foi revelado.
Ao perceber que seu celular estava logado em outro aparelho, a vítima se deu conta de que havia sido enganada e procurou novamente a delegacia para formalizar a ocorrência. O caso foi registrado como estelionato e a vítima foi orientada sobre o prazo decadencial de seis meses para o ajuizamento de ação referente ao crime.
O delegado responsável pelo caso informou que as investigações estão em andamento e a polícia tentará identificar os responsáveis pelas transações fraudulentas. O BO já foi anexado com fotos que comprovam os detalhes relatados pela vítima.