O portal REGIÃO EM DESTAKE entrou em contato com o vereador Elizeu do Cruzado (PL), na manhã deste domingo, 26, para questioná-lo sobre a polêmica envolvendo a presença de uma viatura da Polícia Militar no Hospital Municipal, na tarde deste sábado, 25, enquanto ele realizava uma fiscalização na unidade. Segundo o parlamentar, a situação ocorreu no contexto de seu trabalho como fiscalizador da população.
Elizeu explicou que na sexta-feira, 24, já havia feito uma visita ao hospital e conversado com a médica plantonista, a quem ele colheu informações sobre as demandas do local. Após essa conversa, o vereador enviou as solicitações para o secretário de Saúde, Diângeles Chagas, com o intuito de dar encaminhamento às necessidades apresentadas pela profissional.
Na visita de ontem, o vereador afirmou que o hospital estava “superlotado” e relatou ter ido até o local por volta de meio-dia, após uma orientação da médica sobre a situação da unidade. “Estava com o hospital lotado, e como fiscalizador, fui lá ver o que estava acontecendo”, comentou. Elizeu ressaltou que a fiscalização ocorreu com respeito a todos os funcionários e pacientes, sem quaisquer atitudes desrespeitosas. “Eu entrei no hospital com educação, nunca maltratei ninguém”, afirmou.
Durante a visita, o vereador constatou que dois médicos estavam atendendo em emergências distintas, e ao perceber a sobrecarga, decidiu cobrar a presença de um terceiro profissional para ajudar na demanda. “Falei para a equipe médica que estava havendo duas emergências e que eu iria cobrar do secretário a contratação de um terceiro médico”, explicou.
No entanto, o que gerou maior repercussão foi o fato de, após a chegada de outra emergência e o aumento da tensão no local, uma viatura policial ter sido chamada para comparecer ao hospital. Elizeu relatou que foi informado por um dos médicos de que a unidade estava sem sistema, o que dificultava o atendimento. Ele enfatizou que, em momento algum, tentou incitar desordem, mas sim garantir que o hospital tivesse os recursos necessários para atender à população. “Eu falei pra ele o seguinte: ‘Doutor, não tem como fazer isso manualmente, praticamente, porque desde uma e pouco da tarde até agora, quase quatro horas sem sistema. Se é isso que vocês estão alegando, não tem como fazer na mão? Aí ele me respondeu que não tinha como e saiu de lá”, relatou o vereador.
Elizeu também falou sobre o chamado da viatura, que ocorreu após o episódio em que foi questionado por um funcionário sobre sua presença. “Vi o rapaz pedindo para chamar a viatura, e eu fui conversar com ele. O policial me disse que, quando vereadores chegam no hospital, a população tende a se revoltar mais, mas eu expliquei que não estava incitando briga, apenas fazendo o meu trabalho”, afirmou Elizeu, destacando que, de forma alguma, seu objetivo era criar confusão.
Em relação à presença da viatura, Elizeu se defendeu, afirmando que não houve desrespeito à equipe médica ou qualquer tipo de comportamento agressivo. “Eu sou fiscalizador, estou amparado pela lei. Se eu tivesse quebrado algo, xingado alguém ou causado tumulto, aí sim seria algo diferente, mas não foi o caso”, finalizou.
O vereador também declarou que vai procurar o prefeito Ronaldo Venturi para discutir sobre essa situação de terem acionado a polícia para ele. Ele reafirmou seu compromisso com o trabalho de fiscalização e com a melhoria das condições de saúde no município.
A situação gerou bastante discussão nas redes sociais, com algumas pessoas apoiando a atuação do vereador e outras questionando a necessidade da presença da polícia.
Até o momento, a administração municipal e a Polícia Militar não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.