
Crédito da Foto: Maycon Maximino / São Carlos Agora
A mãe das duas crianças que morreram afogadas na noite desta quinta-feira (06), no bairro Planalto Verde, em São Carlos, recebeu liberdade provisória na tarde de hoje (07), após audiência de custódia. A decisão do juiz impôs medidas cautelares, incluindo a proibição de a mulher se ausentar da comarca sem autorização judicial e a obrigação de comparecimento mensal ao juízo para justificar suas atividades e manter seu endereço atualizado.
O trágico incidente aconteceu quando as crianças, que estavam sob a guarda da avó paterna, foram retiradas pela mãe de sua residência e levadas para uma casa invadida onde ela mora. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, as crianças estavam sozinhas quando entraram na casa de um vizinho para brincar na piscina. O imóvel possuía um portão alto e sem frestas, mas, de acordo com as investigações, um gancho teria possibilitado o acesso. Os corpos foram encontrados pelo proprietário da casa ao retornar para o local.
A mãe, que seria usuária de drogas e não tinha a guarda das crianças, foi localizada em estado alterado, aparentando estar embriagada ou sob efeito de substâncias entorpecentes. Ela teria desmaiado ao tomar conhecimento da tragédia. Inicialmente, a mulher afirmou ter deixado as filhas na casa da avó por volta das 14h30, mas o depoimento foi contraditório, gerando desconfiança por parte da investigação. As roupas das crianças foram encontradas na casa da mãe, indicando que elas pretendiam nadar.
Com base nas evidências encontradas, o delegado Gilberto de Aquino deu voz de prisão à mulher, acusando-a de imprudência na guarda das crianças. Uma fiança de R$ 3 mil foi estipulada, mas como o valor não foi pago, a mulher permaneceu detida até a audiência de custódia. Durante a audiência, a decisão foi pela sua liberação provisória.
Os corpos das crianças foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde exames necroscópicos estão sendo realizados para esclarecer a causa exata das mortes. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.
