
O Boletim Arboviroses da Prefeitura de São Carlos divulgado nesta terça-feira (18) revela um cenário preocupante em relação à dengue em 2025. Até o momento, foram registradas 7.285 notificações da doença, com 3.190 casos confirmados, todos classificados como autóctones – ou seja, contraídos localmente. Desses, 1.154 são novos casos, enquanto 2.463 ainda aguardam resultado de exames. Outros 1.632 casos foram descartados. Atualmente, 18 pessoas estão internadas em leitos de enfermaria e 3 em unidades de terapia intensiva (UTI). Cinco óbitos estão sob investigação, aguardando confirmação do Instituto Adolfo Lutz.
Além da dengue, o boletim traz dados sobre outras arboviroses. Para chikungunya, foram 59 notificações, com 51 casos descartados, 2 confirmados (ambos importados) e 6 em análise. Já para zika, todas as 39 notificações registradas foram descartadas. Não houve registros de febre amarela até o momento neste ano.
Em 2024, o cenário foi ainda mais grave para a dengue, com um total de 30.312 notificações e 16.241 casos positivos, sendo 15.506 autóctones e 735 importados. O ano passado terminou com 6 óbitos confirmados pela doença. Para chikungunya, foram 338 notificações, com 4 casos positivos (3 autóctones e 1 importado) e 299 descartados. Zika teve 178 notificações, todas descartadas, enquanto a febre amarela registrou 3 notificações, também sem confirmações.
O aumento de casos de dengue em 2025, mesmo com números inferiores aos do ano anterior, mantém as autoridades de saúde em alerta. A predominância de casos autóctones reforça a necessidade de ações contínuas de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. A situação dos óbitos em investigação e das internações em UTI destaca a gravidade do quadro atual, exigindo atenção redobrada tanto do poder público quanto da população para evitar a proliferação do vetor. Medidas como eliminação de criadouros, uso de repelentes e monitoramento de sintomas seguem sendo essenciais para conter o avanço das arboviroses.