
Duas pessoas também receberam alertas, mas foram liberadas após verificação
São Carlos tem sido um cenário de ações intensificadas do programa Muralha Paulista, que já resultou na captura de oito pessoas procuradas pela Justiça. A iniciativa, promovida pelas forças de segurança, visa combater crimes e localizar indivíduos com mandados de prisão em aberto. O município aderiu ao programa no último dia 12 de fevereiro, tornando-se o primeiro fora da capital paulista a utilizar o reconhecimento facial para reforçar a segurança pública.
Segundo a Guarda Municipal, as prisões ocorreram após alertas gerados pelo sistema e abordagens estratégicas em pontos críticos da cidade. As pessoas detidas estavam sendo procuradas por diversos crimes, como roubo, tráfico de drogas, violência doméstica, inadimplência de pensão alimentícia e furto. Algumas delas estavam foragidas há meses, e suas capturas representam um avanço significativo no combate à criminalidade local.
O comandante da Guarda Municipal, Célio Ramos, informou que duas pessoas também receberam alertas, mas foram liberadas após verificação. “Um veículo gerou um alerta no sistema, indicando que o proprietário tinha pendências judiciais. Durante o patrulhamento, abordamos o veículo, mas o condutor não era o proprietário, e sim um terceiro que comprou o carro, mas ainda não fez a transferência de propriedade. Em outra ocorrência, o sistema emitiu um alerta de um foragido de São Paulo, mas ao abordarmos a pessoa, ela apresentou documentos divergentes. O delegado de plantão optou pela liberação. Vale lembrar que o sistema possui 95% de exatidão”, explicou o comandante.
Além das prisões, a operação também tem reforçado o patrulhamento ostensivo e a fiscalização de veículos, o que aumenta a sensação de segurança na população. “Estamos intensificando o trabalho para garantir que foragidos não tenham espaço para atuar em nossa cidade. O Muralha Paulista é um esforço conjunto para tornar São Carlos mais seguro”, destacou o prefeito Netto Donato.
O secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, Michael Yabuki, ressaltou a importância da precisão do sistema de reconhecimento biométrico. “A expectativa é que novas prisões ocorram nos próximos dias, à medida que o cerco ao crime se intensifica. Embora o sistema exija um alto nível de precisão para emitir alertas, é fundamental que haja confirmação humana quando houver dúvidas sobre a identidade da pessoa. Em casos de risco, a verificação será feita nos sistemas da Delegacia da Polícia Civil”, garantiu Yabuki.
O Muralha Paulista está integrado ao sistema Cortex, que reúne uma base de dados nacional, operacionalizado pelo centro de fusão de dados da Secretaria de Segurança Pública. Com essa tecnologia, é possível identificar procurados pela Justiça, localizar veículos furtados ou roubados e encontrar pessoas desaparecidas.