
FOTO: IMAGEM CRIADA EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)
Por Paulo Melo, da redação
A morte do Papa Francisco encerra uma era marcada por humildade, proximidade e renovação dentro da Igreja Católica. Seu testamento, divulgado pelo Vaticano, reflete fielmente o estilo que guiou seu pontificado: pediu um sepultamento simples, no chão da Basílica de Santa Maria Maior, com apenas “Franciscus” gravado na lápide — sem ostentações ou homenagens grandiosas.
A escolha do santuário mariano, onde iniciava e encerrava suas viagens apostólicas, simboliza sua devoção e coerência. Francisco não foi um papa de palácios, mas das ruas e periferias. Preferia o contato direto com os mais pobres, os esquecidos, os marginalizados.
Em seu testamento, preocupou-se até mesmo com os custos de seu funeral, demonstrando sobriedade até o fim. Ofereceu seu sofrimento final pela paz mundial e pela fraternidade entre os povos — um gesto que resume sua missão.
Francisco será lembrado pelos gestos simples e profundamente humanos: lavou os pés de prisioneiros, abraçou migrantes, visitou lugares onde poucos líderes vão. Seu legado não está em monumentos, mas em corações transformados.
Mais do que um líder religioso, Francisco foi uma voz moral num mundo fragmentado. E, mesmo após sua partida, continuará a inspirar com sua fé firme, sua simplicidade desarmante e sua esperança incansável.