
Cidade registra mais de 13 mil casos confirmados em 2025; seis mortes foram oficialmente atribuídas à doença
São Carlos tem enfrentado um aumento no número de casos de arboviroses. De acordo com o boletim divulgado nesta terça-feira (29), o município já soma 18.582 notificações da doença em 2025. Desse total, 13.635 casos foram confirmados, sendo 1.500 apenas nos últimos dias. Todos são considerados autóctones — ou seja, contraídos no próprio município.
Os dados preocupam as autoridades de saúde. Atualmente, 21 pessoas estão internadas com complicações da doença, das quais seis ocupam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 15 estão em enfermarias. Além disso, há 1.738 exames ainda pendentes de resultado.
A Secretaria Municipal de Saúde também monitora 11 óbitos em investigação, enquanto sete foram descartados e três confirmados. Com isso, o número oficial de mortes por dengue em São Carlos neste ano chega a seis. As vítimas são idosos com comorbidades, com idades entre 74 e 93 anos. Três deles, faleceram em hospitais particulares da cidade.
Confira os perfis das vítimas:
- Mulher, 90 anos, moradora do Jardim Paraíso. Sintomas iniciados em 2 de março; óbito em 13 de março.
- Homem, 93 anos, Vila Prado. Sintomas em 28 de fevereiro; óbito em 13 de março.
- Mulher, 90 anos, Vila Prado. Sintomas em 7 de março; óbito em 20 de março.
- Mulher, 83 anos, Cruzeiro do Sul. Sintomas em 21 de março; óbito em 29 de março.
- Homem, 91 anos, Presidente Collor. Sintomas em 12 de março; óbito em 28 de março.
- Homem, 74 anos, Planalto Paraíso. Sintomas em 14 de março; óbito em 22 de março.
Outras arboviroses monitoradas incluem a chikungunya, com 223 notificações e dois casos confirmados (ambos importados), e a zika, com 180 notificações e nenhum caso positivo até o momento. Um caso de febre amarela também foi registrado na zona rural, com óbito confirmado de um homem de 72 anos.
A explosão de casos levou a prefeitura a reforçar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças. Agentes intensificaram os mutirões de limpeza e visitas domiciliares, enquanto a população é orientada a eliminar possíveis criadouros do vetor.
Especialistas reforçam que a prevenção segue sendo a principal arma contra o avanço da dengue. O uso de repelentes, o descarte correto de lixo e o cuidado com recipientes que acumulam água são medidas fundamentais.