
Comitiva formada por cavaleiros e empresários da região percorreu cerca de 360 km em 12 dias, com estrutura profissional e forte demonstração de fé
Um grupo de cavaleiros da cidade de Ibaté, no interior de São Paulo, chegou nesta quarta-feira (1º) ao Santuário Nacional de Aparecida, após percorrer o tradicional Caminho da Fé. A jornada teve início no último dia 20, partindo de Brotas (SP), e reuniu nomes conhecidos da comunidade ibateense, como José Carlos, o “Carlão”, João Vitor Peruchi, Everaldo Pecinin, Zoio do Ruscito, além de empresários da região.
Com espírito de devoção e organização exemplar, os romeiros cruzaram diversas cidades dos estados de São Paulo e Minas Gerais, mantendo média diária de 30 km. Entre os pontos de parada, estiveram Ouro Fino e Borda da Mata, já em território mineiro.
Inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, o Caminho da Fé é um dos trajetos mais conhecidos do Brasil entre os que optam por peregrinações religiosas. Realizado a cavalo, o percurso exige atenção redobrada com os animais, e o grupo de Ibaté preparou uma estrutura completa para garantir segurança e bem-estar.
Cada cavaleiro utilizou dois cavalos, em sistema de revezamento, para evitar desgaste excessivo. Dois caminhões de apoio acompanharam a cavalgada, transportando alimentação, equipamentos e oferecendo suporte aos animais. Um veterinário integrou a comitiva e monitorou de perto a saúde dos cavalos, que chegaram em ótimas condições ao destino.
A chegada ao Santuário foi marcada por emoção. Os cavaleiros foram recepcionados com carro de som e bênçãos aos animais. Após a celebração, os romeiros participarão das homenagens do Dia do Trabalhador, data que tradicionalmente atrai milhares de fiéis a Aparecida. A comitiva retorna de ônibus, enquanto os cavalos seguem nos caminhões de apoio.
“Foi uma experiência de fé, respeito e companheirismo. Todos se dedicaram e cuidaram uns dos outros, principalmente dos animais, que foram tratados com todo zelo”, afirmou um dos participantes.
A cavalgada dos ibateenses une tradição, religiosidade e cuidado, e simboliza o reencontro com valores como solidariedade, espiritualidade e preservação da cultura regional.