
Celebrado anualmente em 3 de maio, o Dia do Sertanejo é uma homenagem à música caipira, às tradições do interior e à identidade de um Brasil profundo que resiste ao tempo. A data valoriza não apenas o gênero musical sertanejo, mas também os costumes, as histórias e o modo de vida das comunidades rurais que moldaram parte significativa da cultura nacional.
A origem da celebração remonta às décadas passadas, com forte ligação à cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, onde romeiros e violeiros se reuniam em peregrinação para homenagear a padroeira do Brasil. A iniciativa foi impulsionada por nomes importantes da música sertaneja de raiz, como Tonico & Tinoco, que buscavam dar visibilidade ao papel do sertanejo na formação cultural do país.
Ao longo dos anos, o Dia do Sertanejo foi ganhando força e se consolidou como um momento de reconhecimento aos artistas que mantêm viva a tradição da viola, da moda de viola, do catira, das festas de peão, da culinária típica e da religiosidade popular. Mesmo com a popularização do sertanejo universitário nas últimas décadas, a data reforça a importância da preservação da música sertaneja clássica e suas raízes.
Diversos municípios promovem eventos, encontros de violeiros, missas sertanejas e apresentações culturais em homenagem à data. É um momento de encontro entre gerações e de fortalecimento da memória rural brasileira.
Para estudiosos da música popular, o Dia do Sertanejo tem papel fundamental na manutenção de um legado cultural. “É um reconhecimento da nossa história contada em forma de música. A moda de viola é um documento vivo da vida no campo”, afirma o historiador musical Antônio Mendes.
Comemorado em diferentes regiões do país, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, o Dia do Sertanejo é mais do que uma data simbólica: é uma celebração da autenticidade, da simplicidade e da riqueza cultural do Brasil sertanejo.