
Mulher é acusada de deixar animal morrer de fome e causar prejuízos materiais à proprietária do imóvel
A Polícia Civil de Ibaté investiga um caso que envolve crimes de furto, dano e maus-tratos a animais em uma chácara localizada na Estrada Municipal Augustinho Freddi. O boletim de ocorrência, registrado nesta segunda-feira, 5, aponta uma mulher de 38 anos como suspeita das infrações.
Segundo a denunciante, de 58 anos, proprietária do imóvel, a investigada alugava a chácara por R$ 1.200 mensais, mas estava com pagamentos em atraso — quatro meses sem quitar contas de água e luz, e dois meses de inadimplência com o aluguel. Parte do valor contratual (R$ 200) era destinado à alimentação de um cachorro da locadora, que permanecia no local sob responsabilidade da inquilina.
Sem conseguir contato com a moradora desde o dia 3, a proprietária decidiu visitar o imóvel e encontrou o portão aberto. No interior da casa, se deparou com sinais de abandono e destruição: móveis revirados, uma porta de vidro quebrada, roupas e papéis espalhados, além de uma mesa de sinuca danificada. Também foi relatado o furto de cerca de 100 metros de madeira peroba rosa e telhas, avaliados em R$ 10 mil, além de um ganso sinaleiro.
A situação se agravou com a descoberta do corpo do cão, morto por inanição. Segundo o boletim, o animal apresentava sinais evidentes de desnutrição. O caso se enquadra como crime de maus-tratos com agravante, conforme prevê a Lei nº 9.605/98, que estabelece pena de até cinco anos de reclusão para quem praticar abuso ou crueldade contra cães e gatos.
A Polícia Civil informou que o local foi comprometido antes da chegada da perícia, o que dificultou a coleta de provas. A suspeita ainda não foi localizada, mas há indícios de que frequente micro-ônibus da região. A vítima foi orientada quanto ao prazo de seis meses para apresentar queixa-crime formal por meio de advogado.
O inquérito é conduzido pela equipe da Delegacia de Polícia de Ibaté, que trabalha para esclarecer os fatos e localizar a suspeita.