
A presidente da Câmara de Ibaté, Viviane Serafim — conhecida como “Viviane da ONG” — protagonizou mais um episódio lamentável nas redes sociais ao se manifestar sobre o animal encontrado morto no espelho d’água em frente à Secretaria Municipal de Educação, o qual se trata de um Saruê, segundo ela. Em vez de demonstrar preocupação e buscar apurar o que de fato ocorreu, a vereadora optou por levantar insinuações graves e desnecessárias contra a oposição.
Em seu desabafo, Viviane afirma que “dá náuseas” ver o que chamou de “sensacionalismo político”, sugerindo, sem qualquer evidência, que o animal poderia ter sido morto propositalmente por opositores políticos para criar uma narrativa contra a atual administração. Além de irresponsável, a acusação flerta com o delírio — e revela um grau alarmante de desconexão com o papel institucional que ela ocupa.
Sem contar que Viviane foi eleita pelo partido Podemos, que integra o grupo político do ex-prefeito Zé Parrella (PL), justamente o grupo opositor ao que ocupa a Prefeitura de Ibaté atualmente. Ao invés de agir com a isenção que o cargo exige, ela parece atuar como escudo de interesses políticos, mesmo diante de situações que exigem transparência e serenidade.
Não é a primeira vez que a vereadora mistura sua atuação parlamentar com um tom pessoal, emocional e acusatório. Mas desta vez, ao invés de esclarecer o ocorrido, cobrar providências ou usar sua visibilidade para promover a educação ambiental, preferiu alimentar teorias infundadas e se vitimizar.
O cargo de presidente da Câmara exige equilíbrio, responsabilidade e respeito ao debate público. Em vez disso, o que se viu foi uma tentativa de desviar o foco e transformar um fato trágico e simbólico — a morte de um animal silvestre em área pública da cidade — em palanque para ataques políticos.
Viviane perdeu uma grande oportunidade de se mostrar à altura do posto que ocupa. E Ibaté segue carente de representantes que saibam tratar temas públicos delicados como esse, com seriedade, empatia e compromisso com a verdade.