
A Polícia Civil de Ibaté investiga um caso de falsificação de documento público após uma ex-aluna de escola estadual da cidade apresentar uma declaração de conclusão do ensino médio supostamente fraudada para tentar conseguir uma vaga de emprego. O caso veio à tona após a escola onde a mulher estudou, a E.E. Fúvio Morganti, receber uma notificação de uma empresa de recursos humanos de outra cidade, informando a suspeita sobre a veracidade do documento.
A fraude foi descoberta no dia 16 de junho, quando uma funcionária da empresa de RH, que atende municípios do Vale do Paraíba, entrou em contato com a instituição de ensino por e-mail. A empresa havia recebido da candidata à vaga uma cópia da declaração escolar que levantou suspeitas, levando à verificação de sua autenticidade.
Ao analisar o documento, a gerente de organização da escola identificou que o carimbo utilizado era de sua responsabilidade, mas que estava desaparecido desde março. Na época do sumiço, ela acreditou ter apenas perdido o objeto e não comunicou à Polícia. No entanto, ao ver o carimbo em um documento entregue pela candidata à vaga de emprego, suspeitou de falsificação e registrou o boletim de ocorrência.
Segundo as autoridades, a suposta autora do crime foi aluna da unidade de ensino até o ano de 2018, porém não concluiu o ensino médio. A análise do histórico escolar confirmou que ela não tem direito ao certificado apresentado, o que reforça a suspeita de falsificação.
A empresa de RH relatou que recebeu a documentação por meio de aplicativo de mensagens. A remetente estava em Taubaté (SP) no momento do envio, de acordo com o contato feito pela polícia com os representantes da empresa.
A Polícia Civil trata o caso como uso de documento falso, tipificado no artigo 304 do Código Penal, e segue apurando a autoria e os detalhes da falsificação. O documento falso foi apreendido para análise e será submetido a perícia.
O inquérito segue em andamento sob a responsabilidade da Delegacia de Polícia de Ibaté.