
A campanha de vacinação contra a influenza em São Carlos ainda não atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Até o último levantamento, feito em 7 de julho, foram aplicadas 62.842 doses da vacina, o que corresponde a apenas 44,4% de cobertura do público-alvo — muito abaixo da meta de 90%.
Entre os grupos prioritários, os índices são ainda mais preocupantes: 49,61% de cobertura entre idosos, 31,41% entre crianças e 26,25% entre gestantes. Também foram imunizados 5.433 trabalhadores da saúde, 118 professores, 26 pessoas com deficiência permanente e apenas 9 puérperas.
A diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins, alerta para os riscos da baixa adesão. “Qualquer aumento no percentual de vacinação é importante, mas ainda temos uma taxa muito baixa. Precisamos ampliar esse número para reduzir complicações como pneumonias, internações e mortes”, afirmou.
Desde o início do ano, São Carlos já registrou 13 óbitos por influenza, incluindo casos graves em diversas faixas etárias, como o de uma mulher de 102 anos e o de um homem de 37 anos.
A vacina disponibilizada pelo SUS é trivalente, com proteção contra os vírus Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Considerada segura e eficaz, ela está liberada para todas as pessoas com mais de seis meses de idade.
As doses podem ser encontradas nas unidades básicas de saúde do município, com exceção da UBS Santa Paula, que está temporariamente fechada para reforma. Para se vacinar, é necessário apresentar documento com foto e, se possível, a caderneta de vacinação.
“Estamos vivendo um momento de aumento de doenças respiratórias, principalmente entre crianças e idosos. A vacinação é essencial para proteger não só quem toma, mas toda a comunidade”, reforçou Denise Martins.