
A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) – Regional São Carlos – promoveu na sexta-feira (19) uma roda de conversa no Centro de Referência do Idoso (CRI) Vera Lúcia Pilla, em parceria com a Prefeitura de São Carlos, com o objetivo de conscientizar a população sobre demência e Alzheimer.
Com o tema “Pergunte sobre demência. Pergunte sobre Alzheimer – Uma conversa aberta, informativa e acolhedora”, o encontro contou com a presença da gerontóloga Ana Carolina Ottaviani e da terapeuta ocupacional Ana Cláudia Barros, diretoras da ABRAz São Carlos. A iniciativa faz parte da campanha mundial da Alzheimer’s Disease International (ADI), que busca combater o estigma em torno da doença e ampliar o acesso à informação.
Segundo a ABRAz, mais de 1,5 milhão de brasileiros vivem com Alzheimer, e grande parte dos casos ainda não é diagnosticada. Durante a conversa, as especialistas reforçaram a importância da prevenção, com foco em hábitos saudáveis, combate ao sedentarismo, alimentação equilibrada e controle de condições como diabetes e hipertensão.
Ana Carolina Ottaviani destacou a relevância da transparência no diálogo com a sociedade. “É fundamental abrir espaço para que a população converse e dialogue sobre a demência, especialmente a do tipo Alzheimer, que é cada vez mais prevalente. Isso permite que as pessoas tirem dúvidas, compartilhem angústias e compreendam melhor essa condição”, afirmou.
Já Ana Cláudia Barros alertou para a necessidade de atenção aos sinais de alerta. “Cerca de 75% dos casos não são diagnosticados. Muitas pessoas atribuem o esquecimento à idade, mas isso é um mito. É preciso procurar um médico quando os lapsos de memória começam a interferir nas atividades diárias, como lembrar compromissos, realizar tarefas domésticas ou até na linguagem e orientação espacial”, explicou.
A coordenadora do CRI, Nilva Rodrigues, reforçou que a prevenção é uma prioridade. “Esse é um tema presente em todas as aulas. Estamos sempre cuidando, informando e buscando mais conhecimento para orientar as pessoas, porque sabemos que prevenir é o melhor caminho”, disse. Ela também destacou a contribuição das especialistas externas: “Ter alguém com expertise no assunto faz toda a diferença. Elas vêm para somar, realmente”.