
Relatório do Banco Central aponta crescimento das cooperativas como alternativa ao sistema bancário tradicional; São Carlos já conta com 13 unidades em operação
A ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) analisou os dados do “Panorama Nacional de Crédito Cooperativo”, divulgado pelo Banco Central do Brasil em julho de 2025, que destaca o crescimento contínuo das cooperativas de crédito como agentes promotores do desenvolvimento social, financeiro e regional no país.
Segundo o relatório, o número de cooperados no Brasil alcançou 19,2 milhões em dezembro de 2024, sendo 16,2 milhões de pessoas físicas e 3 milhões de pessoas jurídicas. O levantamento mostra ainda que 58% dos municípios brasileiros já contam com pelo menos uma unidade de cooperativa de crédito, sendo que, em 51 municípios, essas instituições são a única alternativa presencial para acesso a produtos e serviços financeiros, diante do fechamento de agências bancárias comerciais.
Em São Carlos, de acordo com o Mapa de Empresas do Governo Federal, há atualmente 13 cooperativas de crédito em atividade. Elas oferecem soluções não apenas para microempreendedores, mas também para empresas de pequeno e médio porte da cidade e região.
A presidente da ACISC, Ivone Zanquim, destaca que o avanço do cooperativismo é positivo para a economia local. “As cooperativas têm uma atuação próxima das realidades regionais e oferecem condições que muitas vezes são mais vantajosas para o empreendedor. O fortalecimento desse modelo contribui diretamente para a circulação de recursos na cidade e para o apoio ao comércio e à indústria local”, afirma.
Outro ponto importante apontado pelo estudo é o perfil dos cooperados. A participação feminina vem crescendo (já são 44,9% do total), e há um aumento da adesão por parte de jovens, principalmente nas faixas de 0 a 19 anos e de 20 a 29 anos, sinalizando renovação e engajamento da nova geração.
Para o economista do Núcleo Econômico da ACISC, Elton Casagrande, o cooperativismo ocupa um papel estratégico num cenário de retração dos bancos tradicionais. “As cooperativas vêm suprindo lacunas deixadas pelo sistema bancário comercial, principalmente em regiões menos atendidas. Além disso, oferecem um modelo mais participativo, que fortalece o senso de pertencimento entre os associados e contribui para o desenvolvimento sustentável”, analisa.
A ACISC segue acompanhando de perto o desempenho do setor cooperativo e reforça a importância de modelos financeiros inclusivos e acessíveis para o fortalecimento da economia regional.
Assessoria de Imprensa – ACISC São Carlos