
Enquanto muitos munícipes enfrentam dificuldades nos serviços básicos da cidade, a Câmara de Ibaté parece ter outras prioridades. Conforme extrato de empenho publicado no Diário Oficial de Ibaté, nesta sexta-feira (08), a Casa Legislativa desembolsou quase R$ 800,00 para manutenção de uma máquina de café.
Segundo a publicação, a contratação foi feita por dispensa de licitação, e chama ainda mais atenção pelo fato de já ser a Dispensa nº 010/2025 — número alto para apenas oito meses de 2025, considerando que cada uma delas significa um contrato firmado sem processo licitatório, a não ser que tenha sido algum erro administrativo.
O que chama atenção é a recorrência com que a Câmara trata temas de interesse interno, como o conforto de seus servidores e vereadores, enquanto as demandas da população são deixadas em segundo plano. Se o mesmo empenho e agilidade fossem aplicados para resolver problemas de políticas públicas como infraestrutura urbana ou saúde, por exemplo, Ibaté certamente estaria em situação bem melhor.
É legítimo questionar: qual o limite entre a necessidade e o luxo dentro do serviço público? E até quando o contribuinte precisará pagar a conta do cafezinho? Aliás, você contribuinte já foi convidado para tomar um cafezinho na Câmara?