O Centro Municipal de Artes e Cultura (CEMAC), vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMCT), recebeu na noite desta terça-feira (18/11) a apresentação “Família Silva em: Raízes que Conectam”, uma celebração artística e histórica que integrou a programação do Mês da Consciência Negra em São Carlos. O evento destacou o diálogo cultural, a diversidade e a valorização da ancestralidade da família Silva, marcada por gerações que viveram e trabalharam na tradicional Fazenda do Pinhal.
A iniciativa reuniu música, fotografia, escultura, artesanato, contação de histórias e outras expressões culturais, construindo uma narrativa afetiva sobre as matriarcas e patriarcas da família. Foram homenageados José da Silva, lavrador, carreiro e jardineiro que chegou à fazenda no final dos anos 1940; Virginia Zacharias da Silva, nascida em 1930 na própria Fazenda do Pinhal; e Leonor Pereira de Barros do Amaral Zacharias, nascida em 1905, em Itirapina, onde atuou como doméstica, parteira e benzedeira.

Segundo Daniel Alexandre da Silva, membro da família e um dos organizadores, o projeto nasceu da necessidade de registrar a história de uma das mais antigas famílias negras de São Carlos. “Minha avó faleceu com 104 anos, minha bisavó nasceu em 1872, e minha mãe, assim como meus 12 irmãos, nasceu na Fazenda do Pinhal. Criamos a JVL, iniciais de José, Virginia e Leonor, para aprofundar o estudo da nossa ancestralidade e transmitir essa história às próximas gerações, ressaltando valores, cultura e nossa capacidade de empreendedorismo”, afirmou.
A secretária das Famílias, Ana Paula Vaz, destacou o significado cultural e afetivo do encontro. Para ela, a noite evidenciou a força de uma história que atravessa gerações. “A família Silva nos ensina sobre resistência, amor, fé e união. Vimos aqui a semente plantada pelas gerações passadas dar frutos. É inspirador perceber como essa trajetória fortalece vínculos e ilumina caminhos”, disse.

O secretário de Cultura e Turismo, Leandro Severo, reforçou a importância de celebrar o legado da família no Mês da Consciência Negra. “São três pessoas negras que trabalharam na Fazenda do Pinhal com força, coragem e amor. Deixaram um legado de honra, fé e trabalho que ajudou a construir São Carlos. Esse reconhecimento é mais do que merecido”, destacou.
O evento contou também com a presença dos secretários adjuntos Valeria Mazzola (Cultura) e Hícaro Alonso (Turismo), além de diretores e servidores da SMCT, celebrando a memória, a cultura e a ancestralidade que seguem vivas na história da cidade.


















