
O boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (28) revela um cenário preocupante nas notificações de arboviroses em uma cidade do interior paulista. Até o momento, o município já registrou 25.741 notificações de dengue ao longo de 2025. Do total, 19.531 casos foram confirmados — todos autóctones — e 20 óbitos foram confirmados em decorrência da doença.
Apenas seis novos casos positivos foram identificados na última semana, e outros 77 são referentes a exames de semanas anteriores, com resultados divulgados agora. Atualmente, 19 exames seguem em investigação. Não há pacientes internados por dengue neste momento.
Além dos casos de dengue, o boletim traz dados de outras arboviroses. Foram registradas 489 notificações de Chikungunya, com apenas dois casos confirmados, ambos importados. As outras 487 notificações foram descartadas. Não há exames pendentes nem pacientes internados.
No caso da Zika, todas as 443 notificações foram descartadas. Já a febre amarela teve duas notificações, sendo um óbito confirmado, de um morador da zona rural, de 72 anos, com comorbidades.
Perfil das vítimas
As mortes por dengue ocorreram, em sua maioria, entre idosos com comorbidades, moradores de bairros espalhados por diferentes regiões da cidade. O primeiro óbito foi registrado em março e o último, em maio. Entre os 20 casos fatais, 15 foram de mulheres e 5 de homens, com idades entre 53 e 93 anos.
A região da Vila Prado concentra três óbitos confirmados. Outros bairros como Cidade Aracy, Jardim Tangará, Boa Vista, Planalto Paraíso e Vila Costa do Sol também registraram vítimas fatais.
Vigilância reforçada
A Secretaria de Saúde segue monitorando os casos e reforça a importância da colaboração da população para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças. A pasta também orienta que qualquer sintoma compatível com arboviroses deve ser comunicado à unidade de saúde mais próxima para investigação e acompanhamento.
A cidade segue em estado de alerta, mas, segundo a prefeitura, o número de internações e novos casos vem apresentando tendência de queda desde o pico da epidemia, registrado entre março e abril.