PAULO MELLO
Da redação
Em entrevista ao programa “Primeira Página no Ar”, da São Carlos FM, na manhã desta segunda-feira (22), a mentora de vida e negócios Cláudia Cury trouxe uma reflexão profunda sobre o sentido do Natal e as perspectivas para o Ano Novo. Especialista em inteligência emocional, Cláudia enfatizou que o Natal não deve ser reduzido a um evento social ou consumista, mas sim entendido como o renascimento de Cristo no coração das pessoas e a oportunidade de reconexão com a espiritualidade e com os laços familiares.
“Natal é a festa do nascimento de Cristo. É o renascimento de Cristo no coração das pessoas, porque muitas, pela correria do dia a dia, acabam se afastando da espiritualidade”, afirmou Cláudia. Ela convidou os ouvintes a questionarem o verdadeiro sentido que dão à data. “É reunião de família? É o nascimento de Cristo de verdade no meu coração? É a união entre as pessoas?”.
A mentora destacou que o Natal sensibiliza as pessoas e desperta a necessidade de reconciliação, especialmente com aqueles com quem não se fala há tempos. “Cristo veio para unir, para propagar a paz, a justiça e o amor. Então, pergunto: o que eu estou sendo na minha família, na minha comunidade? Estou sendo ponto de união?”, questionou.
Superar a negatividade e celebrar pequenas conquistas
Ao longo da conversa, Cláudia abordou o hábito cerebral de focar no negativo – o chamado “vício neural” – e defendeu a prática de celebrar pequenas vitórias. “Nós celebramos pouco. Olhamos sempre o copo vazio. Mas precisamos celebrar as conquistas, mesmo as pequenas, desde a infância até a vida adulta”, disse.
Ela citou o documentário e o livro “O Efeito Sombra”, recomendando que as pessoas escolham fixar o olhar na luz, e não na sombra, dos outros e de si mesmas. “Todos temos sombras e luz. O que eu escolho enxergar?”, provocou.
Cláudia também criticou a educação baseada em críticas e “nãos”, que gera insegurança e autossabotagem na vida adulta. “Quando uma criança tira 8 na prova e ouve uma mensagem negativa, em vez de ‘parabéns, vamos melhorar juntos’, o inconsciente registra ‘eu não sou suficiente’. Isso se transfere para a vida adulta”, explicou.
Para o Ano Novo, Cláudia propôs um ritual simples e poderoso: revisitar 2025 mês a mês, anotar três ou quatro coisas boas de cada período, celebrar as conquistas e identificar o que se deseja deixar para trás – procrastinação, ansiedade, julgamento, agressividade, entre outros.
“Escreva no papel e caneta, porque isso ativa áreas neurais diferentes. Depois, despeça-se de 2025 dando um nome ao ano e liste o que não quer mais carregar. Em seguida, planeje 2026 mês a mês, com metas plausíveis, mensuráveis e atingíveis”, orientou.
Ela reforçou a importância da ação: “Tem poder quem age. A vida não pode me levar – sou eu que levo a vida. Ninguém prospera reclamando. Gratidão profunda é o princípio de tudo”.
Gratidão diária, perdão e esperança ativa
Cláudia insistiu na gratidão ao acordar – “Agradeça por estar vivo, andando, trabalhando” – e na necessidade de reconectar-se com a própria essência. “Respire conscientemente, olhe para dentro. Muitas vezes nos perdemos cuidando dos outros e esquecemos de nós mesmos”, disse.
Sobre relacionamentos e desafios, ela defendeu o perdão e o amor como forças transformadoras. “Perdoe, porque o perdão limpa as mágoas. O amor vence todo o mal, no tempo de Deus. E continue caminhando com esperança ativa – não a esperança passiva, mas a que move a ação”.
A mentora finalizou com uma mensagem de encorajamento: “Acreditem no amor e perdoem. Continue caminhando com esperança. Haja o que houver, haja. A ação é o ponto principal”.
A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Ivan Lucas e Paulo Mello, que agradeceram a disponibilidade de Cláudia e destacaram o tom incentivador e esperançoso de suas palavras. A mentora reforçou que está sempre à disposição da emissora e deixou como última dica: “Perdão e amor. E continue caminhando com esperança”.
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