O coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil de Ibaté, Everton Perucci, publicou um artigo em que detalha o papel da Defesa Civil, sua origem histórica e o desafio atual de ampliar a cultura da prevenção diante do aumento de eventos extremos. No texto, ele sustenta que, embora a Defesa Civil seja mais recente do que outras instituições de segurança, ela tem a mesma missão central: preservar vidas, atuando antes, durante e depois de desastres.
Perucci relembra que os primeiros registros de ações de Defesa Civil ocorreram na Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial, quando havia necessidade de socorro e acolhimento após bombardeios. No Brasil, ele aponta 1942 como marco inicial, com a criação do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, e destaca que a atuação sistêmica entre União, estados e municípios ganhou força a partir de 1988, com o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec). A consolidação do papel preventivo, segundo o autor, se intensificou com a Lei Federal nº 12.608/2012, que orienta a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil a priorizar a prevenção de desastres e a integração com áreas como ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas e gestão de recursos hídricos.
Ao abordar o cenário contemporâneo, o coordenador afirma que as mudanças climáticas ampliaram a frequência e o impacto de eventos adversos, com perdas humanas, danos ambientais e prejuízos socioeconômicos. Nesse contexto, ele defende que a Defesa Civil passou a ocupar papel de protagonismo e que o êxito da política pública depende do engajamento de todos os setores — Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, forças de segurança, iniciativa privada e sociedade. O texto alerta ainda que, em municípios de pequeno porte, é comum a atuação se concentrar apenas na resposta às emergências, deixando em segundo plano etapas essenciais do ciclo de proteção: prevenção, mitigação e preparação.
Na parte dedicada à realidade local, Perucci afirma que Ibaté registrou avanços com a reestruturação da Defesa Civil municipal, melhora no atendimento de ocorrências, elaboração de planos de contingência e mapeamento de áreas de risco. Ele também cita ações preventivas, como campanhas orientativas e emissão de alertas constantes, além da atuação conjunta com a Defesa Civil Estadual. Ao encerrar, o coordenador reforça que a primeira resposta ao desastre ocorre no município e que a população precisa estar preparada. “Defesa Civil somos todos nós”, conclui.



















