A angústia da família da manicure Pâmela Marques do Carmo, de 28 anos, já dura dez dias. Desaparecida desde 6 de novembro, a jovem deixou para trás casa, trabalho, filhos e uma rotina que, segundo a mãe, Dona Elisângela, “nunca deu sinais de rompimento brusco”. Em entrevista ao portal Araraquarense [assista aqui], a mãe relatou que vive dias marcados por medo, incerteza e sofrimento.
“É só angústia, dia após dia. Eu não durmo, não como. Não sei mais o que fazer”, disse Elisângela, com a voz embargada. Ela descreve os últimos contatos com a filha. Pâmela passou o dia 4 e a madrugada do dia 5 na casa da mãe para ajudar no cuidado do filho, que estava doente. Voltou à própria residência, fez um pedido de PIX, agradeceu — e nunca mais respondeu mensagens. Trabalhou normalmente até o fim da manhã de quinta-feira (6), quando avisou ao proprietário do salão que não retornaria naquele dia. Na sexta-feira, não apareceu para atender clientes, nem respondeu ligações.
Ao chegar à casa da filha, a mãe encontrou portão e porta destrancados. “Entrei e já senti que algo estava errado. Comecei a ligar, perguntar para vizinhos… ninguém viu nada. Aí meu desespero começou”, relata. O boletim de ocorrência foi registrado no sábado. Durante o preenchimento dos dados, o telefone chegou a chamar, mas desde então só apresenta mensagem direta de desligado.
Apesar da angústia, Elisângela acredita que a filha está viva. “Eu sei, dentro de mim, que ela está em algum lugar. Eu creio nisso todos os dias”, diz.
Boatos atrapalham buscas e ampliam sofrimento
A mãe diz ter recebido informações falsas sobre supostos avistamentos da filha em Ibaté, cidade onde a família não tem conhecidos. “É mentira. As pessoas falam qualquer coisa, sem pensar no quanto isso machuca. A gente está sofrendo, e inventam histórias”, lamenta. O apelo, segundo ela, é para que apenas relatos concretos cheguem à polícia.
Pâmela é mãe de duas crianças — um menino de 13 anos, que vive com a avó, e uma menina de 8. A mais nova ainda não sabe sobre o desaparecimento. “Como eu vou dizer? Ela me liga perguntando por que a mãe não responde. Dói demais”, conta Elisângela.
Apelo emocionado à filha e à população
Durante a entrevista, a mãe fez um apelo direto à filha, caso ela esteja viva e com acesso a um telefone. “Pâmela, minha filha, pelo amor de Deus, liga para mim. Meu número é o mesmo há mais de 20 anos. Eu coloquei crédito no seu celular. Não me deixa nessa angustia. Volta para casa, pelos seus filhos, pela sua família.”
Ela também pediu responsabilidade ao público. “Se você não tem certeza do que viu, não fale. Não invente. Isso não é brincadeira. É a vida da minha filha.”
Polícia investiga e orienta população
A investigação corre pela Delegacia de Araraquara. Quem tiver informações confiáveis sobre o paradeiro de Pâmela deve procurar imediatamente a Polícia Civil ou ligar para os canais oficiais de denúncia.
A família segue à espera de notícias e mantém a esperança de que o caso termine com um reencontro. “Eu só quero minha filha de volta. É o que eu peço todos os dias”, diz Elisângela, emocionada.
📞 Informações podem ser repassadas pelos números:
➡️ (16) 99751-4847 (mãe de Pâmela)
➡️ 190 (Polícia Militar)

















