
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), realizou nesta segunda-feira (22) uma operação de interceptação de uma aeronave suspeita que havia decolado do Peru e ingressado no espaço aéreo brasileiro sem autorização. A ação contou com o apoio da Polícia Federal e ocorreu no contexto do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) e da Operação Ostium, voltados ao combate ao tráfico de drogas e à segurança do espaço aéreo.
Detecção e perseguição aérea
Segundo informações do COMAE, os radares da FAB identificaram a entrada do avião no território nacional. Sem plano de voo, matrícula visível ou comunicação com os órgãos de controle de tráfego aéreo, a aeronave foi considerada suspeita. Imediatamente, um caça A-29 Super Tucano decolou para aplicar as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo.
Durante a abordagem, foram realizados o Reconhecimento a Distância (RAD) e a Interrogação (ITG), mas não houve resposta do piloto interceptado. Na sequência, a Defesa Aérea ordenou a Mudança de Rota (MRO), também ignorada pelo suspeito. Diante da resistência, foi disparado um Tiro de Aviso (TAV). Como ainda não houve colaboração, a aeronave foi classificada como hostil e passou a ser alvo do Tiro de Detenção (TDE), conforme prevê o Decreto nº 5.144/2004.
Pouso forçado e prisão
Pressionado pela ação da FAB, o piloto realizou pouso forçado em uma área desabitada, a cerca de 30 quilômetros de Tefé (AM). Um helicóptero H-60 Black Hawk transportou agentes da Polícia Federal até o local, onde o suspeito foi detido. Até o fechamento desta edição, a identidade do piloto não havia sido divulgada, e as investigações sobre a carga transportada estavam em andamento.
Ação integrada de segurança
O Ministério da Defesa destacou que a operação faz parte do esforço conjunto das Forças Armadas e órgãos de segurança pública para intensificar o combate ao narcotráfico, especialmente em regiões amazônicas utilizadas como rotas de escoamento de ilícitos. Além de proteger as fronteiras, a medida reforça a segurança do tráfego aéreo nacional.
Com operações como essa, a FAB busca não apenas coibir crimes transnacionais, mas também assegurar o cumprimento da legislação brasileira, prevenindo riscos à soberania e à segurança do espaço aéreo.
Com informações da Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos