A repercussão de um boletim de ocorrência registrado por uma cliente contra uma lanchonete tradicional do Centro de Ibaté ganhou um novo capítulo. Em manifestação pública nas redes sociais, uma familiar do proprietário do estabelecimento apresentou a versão da defesa, contestando o relato feito pela cliente e afirmando que o episódio envolveu ofensas, ameaças e comportamento exaltado por parte da denunciante.
Segundo o depoimento, o caso ocorreu na lanchonete Bartira, negócio mantido há cerca de 30 anos pelo proprietário, conhecido na cidade pelo apelido de “Dito”, figura popular no comércio local. A familiar destacou que o estabelecimento possui longa trajetória, clientela fiel e histórico sem registros de conflitos semelhantes. “São três décadas de trabalho, com clientes que frequentam o local há anos, sem qualquer episódio dessa natureza”, afirmou.
De acordo com a versão apresentada, a cliente esteve no local acompanhada dos dois filhos pequenos e solicitou um cachorro-quente simples, conforme descrito no cardápio do estabelecimento, que especifica quantidade de salsicha e ingredientes. Após consumir o lanche e realizar o pagamento, a mulher teria passado a criticar de forma exaltada a qualidade do produto, utilizando palavras ofensivas, mesmo após a funcionária oferecer a substituição do pedido — prática que, segundo a família, é comum no atendimento da casa.
Ainda conforme o relato, a cliente recusou a troca, continuou proferindo ofensas e passou a dirigir xingamentos ao proprietário, que teria se aproximado apenas para esclarecer a qualidade dos produtos utilizados, inclusive mostrando a marca da salsicha. A defesa nega veementemente qualquer tentativa de agressão e classifica como “fora de cogitação” a alegação de que o idoso, de 74 anos, teria ameaçado fisicamente a cliente.
O depoimento afirma ainda que, em meio à confusão, a mulher teria ameaçado a funcionária, dizendo que só não a agrediria por estar com os filhos. Testemunhas que estavam no local teriam reagido diante da situação, e uma cliente chegou a se exaltar em defesa da lanchonete, sendo contida pelo proprietário e por familiares, justamente para evitar confronto físico.
Com o agravamento da situação, familiares acionaram a Polícia Militar. O marido da cliente também foi chamado ao local. Segundo a versão apresentada, mesmo com a chegada do companheiro e com o estabelecimento já em horário de fechamento, a mulher teria continuado exaltada, inclusive arremessando uma cadeira no chão e reiterando ameaças à funcionária. A polícia chegou quando o casal já se retirava, mas ambos retornaram ao local a pedido dos agentes.
A familiar do proprietário afirmou que os policiais constataram o estado de exaltação da cliente e que diversas pessoas presenciaram o ocorrido, estando dispostas a testemunhar. Diante da repercussão do caso nas redes sociais e em veículos de comunicação, a família informou que estuda medidas judiciais por injúria, calúnia e difamação.
“Assim como houve o registro de um boletim de ocorrência, também existe o direito de defesa. Temos testemunhas, histórico e uma reputação construída ao longo de 30 anos”, declarou. A família também afirmou que seguirá tomando providências para resguardar o nome do proprietário, dos funcionários e do estabelecimento.
O caso segue sob apuração das autoridades competentes, enquanto as versões apresentadas pelas partes envolvidas deverão ser analisadas no âmbito policial e, eventualmente, judicial.
















