
Diretor detalha avanços do projeto, desafios enfrentados e perspectivas para o futuro da instituição em entrevista à São Carlos FM
O diretor da FATEC São Carlos, professor José Roberto Garbim, foi o entrevistado desta terça-feira (08) no programa Primeira Página no Ar, da São Carlos FM (107.9). Em uma conversa descontraída e informativa, Garbim abordou o histórico da instituição, os entraves enfrentados desde sua implantação em 2013 e, principalmente, os avanços concretos rumo à construção da sede própria da FATEC no município.
Projeto do novo prédio deve ser finalizado até outubro
Segundo Garbim, o projeto executivo do novo prédio — etapa essencial para que o Estado possa empenhar os recursos necessários à construção — está em andamento e deve ser concluído até setembro ou outubro deste ano. A expectativa é que, com a conclusão do projeto, o governo estadual licite a obra ainda em 2025. “A previsão inicial era de um custo de R$ 25 milhões. Hoje, com a atualização de valores e o detalhamento técnico, estimamos algo entre R$ 35 a R$ 55 milhões”, explicou o diretor.
O terreno que abrigará a futura sede da FATEC São Carlos está localizado na estrada para Ribeirão Preto, em frente ao campo de golfe, ao lado do Parque Ecotecnológico Damha. A área foi doada pela Prefeitura Municipal, que também financiou o projeto arquitetônico e, agora, o projeto executivo, num investimento de mais de R$ 1 milhão. “É uma parceria: a Prefeitura doa o terreno e banca o projeto; o Centro Paula Souza entra com a construção e a contratação dos professores”, resumiu Garbim.
Com o projeto executivo em andamento, a sinalização positiva do Centro Paula Souza e o terreno já oficializado, o próximo passo é a licitação da obra — e a meta é que isso aconteça antes de abril de 2025, prazo limite por conta da legislação eleitoral. “Se conseguirmos licitar antes do período eleitoral, a obra pode começar no ano que vem. Esse é o nosso objetivo”, afirmou Garbim.
Do provisório permanente à urgência por estrutura
Desde sua criação, a FATEC São Carlos funciona de maneira improvisada em prédios emprestados pela Secretaria Estadual de Educação, atualmente dividida entre as Escolas Esterina Placco e Arlindo Bittencourt. Isso tem gerado dificuldades operacionais e limitações legais para uso de recursos de manutenção e ampliação.
“Estamos em prédios que não são da nossa secretaria. Isso impede, por exemplo, o uso de verbas para reformas ou melhorias”, comentou o diretor. “A falta de uma sede própria sempre nos colocou em segundo plano. Mas com a ampliação de cursos, nos tornamos prioridade.”
Novos cursos e possibilidade de ampliação
Atualmente, a FATEC São Carlos oferece quatro cursos superiores de tecnologia: Gestão Empresarial, Recursos Humanos, Produção Industrial e Big Data. A entrada na faculdade é semestral, com vestibular realizado duas vezes por ano. Segundo Garbim, o novo prédio foi projetado com possibilidade de ampliação.
“A FATEC não tem como foco ter muitos cursos, mas cursos alinhados com a demanda local. O prédio novo foi pensado com espaço para expansão. Além disso, teremos condições de abrigar cursos em tempo integral, como o AMS, que articula ensino médio, técnico e superior em cinco anos.”
Integração com empresas e mercado de trabalho
A relação com o setor produtivo de São Carlos, segundo o diretor, é boa, mas ainda tem espaço para crescer. A FATEC busca estreitar laços com empresas da cidade para fomentar oportunidades de estágio e inserção profissional.
“É um trabalho de formiguinha. Aqui não temos grandes polos como em Ribeirão Preto. Precisamos ir empresa por empresa. Mas nossos professores, muitos vindos do setor industrial, facilitam esse diálogo.”
Superando o desconhecimento sobre o tecnólogo
Na parte final da entrevista, Garbim comentou sobre o desconhecimento que ainda existe sobre os cursos superiores de tecnologia, como os oferecidos pela FATEC, e esclareceu que os diplomas de tecnólogo, bacharelado e licenciatura têm o mesmo valor acadêmico.
“O tecnólogo é um profissional focado. Ele tem formação superior e pode fazer pós-graduação, mestrado, doutorado. O que muda é o perfil: mais direto para o mercado, com formação em três anos.”
“O prédio vai sair!”
Encerrando a entrevista, o diretor deixou um recado otimista para a comunidade acadêmica e para a população de São Carlos. “Muita gente ajudou nessa luta. Alunos, ex-alunos, vereadores, a Prefeitura. Agradeço a todos. Mesmo que alguns alunos se formem antes da conclusão da obra, queremos recebê-los no futuro para especializações, coworking e eventos. A FATEC São Carlos terá, sim, o prédio que merece.”
A entrevista completa com José Roberto Garbim está disponível a partir de 1h16min na transmissão pelo Facebook da São Carlos FM 107.9:
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