
Em uma operação conjunta voltada à segurança viária e ao combate à poluição sonora, a cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, promoveu na noite da última segunda-feira (28) uma ação integrada para coibir o uso de escapamentos com ruído excessivo em motocicletas — prática cada vez mais comum em áreas urbanas e alvo de constantes reclamações da população.
A força-tarefa envolveu equipes da Polícia Militar, Guarda Municipal e os departamentos de Fiscalização e Trânsito da Prefeitura. Dois bloqueios foram montados: um na movimentada Praça Itália e outro na avenida São Carlos, próximo ao Cemitério Nossa Senhora do Carmo, pontos considerados estratégicos devido ao alto fluxo de motocicletas.
Durante a operação, 75 motociclistas foram abordados. As fiscalizações resultaram em 22 autuações por diferentes irregularidades e na apreensão de quatro motos com escapamentos alterados. Os agentes verificaram os documentos dos condutores e as condições dos veículos, com atenção especial aos escapamentos, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro.
De acordo com Rodolfo Tibério Penela, diretor de Fiscalização da Secretaria de Gestão da Cidade e Infraestrutura, além do cumprimento da legislação, o objetivo é garantir o direito ao sossego da população. “O ruído excessivo das motocicletas causa transtornos principalmente em áreas residenciais. Essa ação também é uma resposta a uma recomendação do Ministério Público, por meio do promotor Sérgio Domingos de Oliveira.”
Para Michael Yabuki, secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, a fiscalização tem caráter educativo e preventivo. “As alterações nos escapamentos, além de ilegais, representam risco à segurança no trânsito. Esse tipo de fiscalização ajuda a criar uma cultura de respeito às regras e contribui para a redução de acidentes.”
A operação foi coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), reforçando a articulação entre diferentes setores do poder público para enfrentar problemas urbanos que afetam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos.
A prefeitura informou que novas ações semelhantes estão previstas para os próximos meses, atendendo à crescente demanda por mais fiscalização contra práticas que prejudicam o bem-estar coletivo.