Há um mês, os alunos do Ensino Técnico em Administração Integrado ao Médio (ETIM), da ETEC de Ibaté, vem trabalhando em um projeto intermodular, orientado pela professora de língua portuguesa e espanhola, Andreia Carlino Meneghelli.
Este projeto integra as três séries do Ensino Médio e o curso Técnico em Recursos Humanos. O objetivo foi a construção de um Altar dos Mortos (Altar de los Muertos), que faz parte da celebração do Dia dos Mortos, no México.
Para a professora “Estudar uma língua estrangeira é muito mais que aprender e decorar várias regras gramaticais e listas de palavras. Aprender uma língua é mergulhar em uma nova cultura, com suas tradições e crenças”.
Em meio a uma grande festa, que dura vários dias, repleta de muitas cores e caveiras, o Dia dos Mortos no México tem uma cultura diferenciada do nosso Finados – Dia dos Mortos no Brasil.
O “Día de los muertos” é uma celebração mexicana reconhecida pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Comemorado no dia 2 de novembro, como o Dia de Finados no Brasil, a data ganha cores, música e alegria. As lamentações dão espaço aos festejos, uma vez que pela tradição, os mortos têm permissão de voltar ao mundo dos vivos para visitar seus familiares.
Para os mexicanos, a morte é algo inevitável e isso vem da cultura pré-hispânica, que se manteve viva mesmo após a colonização. Existem relatos de que para os astecas, maias e outros indígenas que já viviam na região onde se localiza hoje o México, a comemoração em homenagem à memória de seus ancestrais já era uma prática comum, com pelo menos três mil anos.
Para nós parece estranho comemorar a morte e, por isso, muitas vezes, temos preconceito com a festividade mexicana, porém, o Dia dos Mortos traz à tona o amor e a saudade dos que se foram. É uma maneira de mantê-los sempre perto, mesmo que simbolicamente.
Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais desta celebração tão rica em cultura, pode visitar a Biblioteca Municipal de Ibaté, onde está o Altar dos Mortos criado pelos alunos da ETEC. Teremos algumas sessões com os alunos para apresentação ao público, para que possam saber quais os itens que compõe o altar, além dos homenageados do mesmo.
Para o coordenador pedagógico, Plínio Gabriel João, “A atividade proposta na aula de língua espanhola e que engloba várias turmas da escola, além diversas disciplinas, faz com que os alunos vivenciem na prática o que aprendem em sala de aula. O processo de ensino-aprendizagem através de projetos intermodulares também faz com a integração dos alunos seja mais efetiva e que tenhamos a inserção dos valores, tão necessários para a formação dos cidadãos”.
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